Será a imprensa um fato à medida?

Somos habitualmente marquistas. Damos preferência a determinadas marcas muitas vezes sem o conhecimento profundo do que está por detrás desse peso que quase nos hipnotiza a preferir uma marca em detrimento de outra.

Há marcas que aparecem quase como moda e há outras que prevalecem ao longo dos tempos, das intempéries e até mesmo das tendências.

Na imprensa não é diferente. Porque preferimos ler um determinado jornal ou revista? Na hora de escolher perante uma prateleira recheada, na tabacaria ou papelaria a que vamos sempre, o que nos faz levar um e não outro?

Certo que há toda uma panóplia para todos os gostos e até mesmo para todas as áreas. Quando vamos à procura de um assunto em particular mesmo assim temos vários pesos e várias medidas. O que se adequa melhor ao nosso estado de espírito? Qual nos traz mais conhecimento ou qual terá o conteúdo mais fidedigno num determinado assunto que queremos aprofundar?

Nos jornais diários, em que a informação é mais imediata e os assuntos devem ser abordados na ordem no dia, será que esse branding também se põe? Preferimos informação tipo fast-food ou vamos à procura da solidez da informação? E no fundo o que os diferencia? O que está certo e de boa medida para mim pode não ser exactamente o que o próximo cliente pretende.

O alto valor que damos à marca que está por detrás de um nome e de uma informação na imprensa tem de passar familiaridade e confiabilidade. A repetição e insistência do leitor em adquirir uma determinada informação torna as marcas com mais poder no mercado e muitas vezes até pela consistência da sua apresentação, reproduz em nós sentimentos que nos impulsionam a adquirir e a consumir mais porque nos transmitem confiança e seriedade.

O posicionamento de uma marca no mercado editorial depende das suas directrizes estarem alinhadas com as da sua persona. O valor de um jornal é muito mais do que o seu custo. É o valor que ele acrescenta em mim enquanto leitor e membro de uma sociedade que se gere sobre os alicerces emocionais. É a minha emoção que me leva a consumir um determinado conteúdo.

Num mercado com cada vez mais oferta, onde há tanta escolha, o primeiro impulso do consumidor final é o que prevalece e dita o futuro dessa mesma marca. A estrutura que estiver melhor alicerçada será sempre mais forte. A forma única e eficaz que analisamos a montra da informação, apelando a todos os nossos sentidos de uma vez só, causando em nós uma espécie de vício informativo, será o jornal comprado hoje que se repetirá na próxima semana e que nos levará a fazer uma assinatura ou até mesmo subscrever uma simples e gratuita newsletter. O peso de uma marca em nós é o que nos faz acompanhar assiduamente essa determinada marca, quando todos os valores se alinham.

Isto é um fato feito à medida, tem de me servir e assentar como nenhum outro!

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico
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Comments 1
  1. Artigo maravilhoso e que me identifico plenamente, abordado de uma forma tão clara e transparente que chegou a me transportar. me senti em uma sala de debates vivenciando todos detalhes. obrigado por esse conteudo tão Enriquecedor.

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