A vida reflete o que dela esperamos e importa valorizar os momentos bonitos.
Não interessa guardar mágoas e desgostos, prefiro pensar que nada acontece por acaso, e que cada momento nos deve inspirar para que possamos deixar a nossa marca, a nossa impressão digital nos locais e pessoas por quem vamos passando na vida.
Por vezes lembro-me de pessoas que cruzaram o meu caminho, em determinados momentos da vida, parece ter sido já há duas ou três vidas atrás, mas afinal foi apenas há uns anos.
No entanto entre tantas experiências vividas, amores e desamores, responsabilidades assumidas, derrotas sofridas e vitórias alcançadas, o tempo voa e o pensamento dispersa-se na nossa realidade.
Nada regressa ao que já foi e dificilmente se revive um mesmo instante, cada momento tem a magia da sua finitude e a beleza do seu conteúdo único. Não volta a repetir-se por muito que queiramos, e ainda que o possamos replicar, haverá sempre algo que não está presente agora, como esteve antes.
O mesmo acontece com os maus momentos, são apenas isso, ápices de tempo. Sendo maus acabarão também por passar, tal como os bons e perder-se-ão nos confins da nossa memória mais recôndita. Afinal, já diz o povo, tudo passa na vida, até nós um dia passaremos.
É assim também com as pessoas com quem nos cruzamos, nas mais diversas circunstâncias, sejam socias, profissionais ou mesmo familiares. Há pessoas que estão presentes apenas em algumas circunstâncias, em determinados períodos, mas que acabam por afastar-se do nosso caminho.
Depois há aquelas que permanecem, nos bons e nos maus momentos, estão simplesmente do nosso lado, para o bem e para o mal, ficam connosco porque nos pertencem, e nós a elas, somos uns dos outros.
Há ainda aquelas mais especiais que tornam a nossa vida mais bela, diria mesmo especial, que nos fazem sentir únicos. Seja nas adversidades ou nos maus momentos, a presença destas pessoas junto a nós torna tudo mais simples, menos difícil e de mais fácil resolução.
Quando a lágrima cai pela face, ou quando o sorriso teima em não querer aparecer, as verdadeiras pessoas são aquelas que estão lá sempre, e nem tem que ser presencialmente, mas estão connosco de coração, ainda que a muitos quilómetros de distância.
É assim sempre que as relações são de verdade!
