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The Doors Alive

No meu último artigo escrevi sobre bandas tributo e mencionei que iria assistir ao concerto dos “The Doors Live” e que iria partilhar a minha experiência. Assim sendo, prometido é devido! Por isso, este poderia ser apenas um artigo sobre música e o relato de um concerto, mas é um bocadinho mais do que isso.É uma história longa e para enquadrar os leitores de forma resumida: sou fã dos Doors desde os 13 anos, e o que poderia ser apenas um gosto ou uma fixação, veio com o tempo a transformar-se num sério caso de amor, ao ponto de ter escolhido como objeto de estudo para a minha tese de mestrado os “The Doors”. Este meu amor é mais longo e seguramente mais constante que muitos casamentos.

Já tive o privilégio de assistir a vários concertos ao vivo com os ex-membros originais da banda, já visualizei milhares de horas de concertos, li livros e ouvi a sua música até ficar com os acordes e as letras gravadas em todas as minhas células. Por isso, bandas tributo quando se tem um amor neste patamar, implica: respirar fundo, abertura de espirito e uma boa dose de coragem. Não que me fosse desiludir com o que já sei que gosto, o receio seria a vontade de matá-los por assassinarem as músicas.

Para ser coerente, desta vez arrastei o António para ir comigo (a minha irmã teve a mesma sorte anos antes), existe sempre uma vitima.

Se existisse a possibilidade de o tempo voltar para trás, diria que assistir a este concerto, bem poderia ter sido em L.A. em 1967! Só que não! Foi em Almada a 3 junho 2023 na Academia Almadense (que pela antiguidade também poderia remeter para um espaço da época dos anos 60 do século passado). Ou seja, apesar da viagem no tempo ter quase acontecido, não foi nem na mesma geografia nem no mesmo espaço temporal! Mas vamos por partes…

O músicos são bons, a música estava muito fiel ao original e se fechasse os olhos iria quase sentir que estava a ouvir os The Doors ao vivo! Só que não! E ai é que pecam! O excesso figurativo do suposto Jim Morrison, deixou-me nervosa! Alguém que lhe diga: Não és o Jim Morrison! Não é preciso encenar tão afincadamente o personagem com um conjunto de excessos em: tabaco, poesia, álcool e drogas. Foi demais!

Alguns solos instrumentais foram excessivamente longos. Recitar poesia como quem tosse também não foi fixe. Frases feitas com asneiredo em inglês ou a incitar a tirar e roupa, é giro no filme do Oliver Stone que é um épico e tudo se permite ao Val Kilmer.

O público, enfim… também um pouco excessivo. Os mais velhos – que é como quem diz – pessoas da geração dos nossos pais, percebia-se que estavam ali para curtir a música e sentir o déjà-vu. Os mais novos, uns autênticos parolos aos gritos nos momentos de silêncio e nos momentos de intervir. Estes sim, parecia que tinha decorado as tiradas do filme “Doors – o Mito de uma geração” mas completamente sem nexo. Nunca entendi as pessoas que são saudosistas de tempos que não viveram!

Apesar disto tudo, de um modo geral, foi um bom concerto. O que me levou ali, no final de contas – a música! E nisso foram perfeitos. Começaram logo com o “Love her Madly” e o “When the music’s over”, ai já estava completamente rendida! Quando tocaram o “L.A. Woman” já o meu coração estava a disparar!

Foi monumental!

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