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Redes sociais ou o recreio de sombra do ser humano

O início

Em 1954, J.A. Barnes deu início ao uso sistemático do termo “redes sociais” para incluir na análise dos círculos sociais os grupos bem definidos pelos cientistas sociais, tais como as tribos e famílias, e também as categorias sociais, tais como o género e grupo étnico. Ainda hoje, apesar de o termo ter ultrapassado o âmbito da sociologia e da antropologia social, o que define a sua importância são as relações entre as pessoas que constituem essas redes sociais, os atores que nelas participam e o vínculo unidirecional ou bidirecional que lhes dá forma.

As primeiras redes

Geocities em 1994, The Globe e Classmates em 1995, deram início ao estilo de redes sociais que hoje conhecemos. Em 2002, nasceram o Fotolog e o Friendster. Em seguida, ao longo de 2003, foram lançados o LinkedIn e o MySpace. Todas estas redes nasceram da necessidade de estabelecer uma ligação entre pessoas com gostos e necessidades semelhantes.

Em 2004, foram criados o Flickr, o Orkut e o Facebook. Esse parece ter sido o ano de ouro para o surgimento de redes com um impacto significativo no estilo de vida e nos negócios de muitas pessoas.

A expressão criativa

Hoje, contamos com inúmeras plataformas para darmos um palco aos nossos desejos e aos nossos medos. Há uma tribo para tod@s, até para quem prefere não ter redes sociais.

O entusiasmo no que se refere às redes sociais não significa total segurança em relação a assentar um modelo de negócio sobre as dinâmicas que nelas se produzem. Os conteúdos não são suficientes para gerar uma margem confortável ou milionária de que os empreendedores digitais possam viver. Os utilizadores gostam de experimentar e as empresas seguem esse rasto capitalizável, não sabemos até quando.

Os famosos algoritmos carregam os preconceitos de quem os programou, e as redes podem converter-se em instrumentos muito eficazes para manter cada pessoa no seu nicho, adestrada pelas informações de influencers e mentores online. Aqueles que discordarem desse “guru” serão atacados pela tribo, bloqueados e até perseguidos offline.

É fácil criar milhares de contas falsas por meio de bots e desregular o “far-west” onde ganha quem conseguir mais: mais seguidores, mais visualizações e consumo de conteúdos durante mais tempo.

Sendo já patente a dificuldade na identificação de fontes fiáveis de informação e com a informação fabricada à medida das preferências dos utilizadores, onde fica a verdade?

A massa sem poder de crítica

Fazer um uso criativo das redes sociais pode constituir-se como um desafio, quando inventamos tantas regras para as usar. Ao existir um acesso desigual à compreensão plena dessas regras, é certo que existirão pessoas sem a possibilidade de exprimir o que sentem e pensam, a menos que imitem as mais adoradas marcas pessoais do mundo online.

Os fora-da-lei neste jazigo do pensamento depressa se apercebem da perversão de quem pode difamar, inventar, publicitar e agir em torno da falsidade engendrada por quem não gosta de si. O cyberbullying, as várias formas de assédio e os conteúdos de extrema violência têm como sede as redes sociais.

As redes sociais são amigas de quem transmite e consome informação de uma maneira acrítica, mas também os jornais, rádio e televisão assumiram e assumem esse papel. Nós, seres humanos, tendemos a sobrestimar a originalidade e inovação dos nossos atos. Por isso, somos deserdados pelo silêncio enquanto abraçamos o frenesim e negligenciamos qualquer desafio que nos permita crescer.

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico
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