Racismo momentaneo

Não quero cair no erro de apenas utilizar a situação de Marega para dizer que é assim que se vê que há racismo em Portugal. Não é por se ter tocado num dos 3 F’s essenciais e, infelizmente, atuais de Portugal que tudo começa a ser alarmante.

Vivemos numa sociedade que se consciencializa para os problemas, quando acontece algo grave, e depois acaba por cair no esquecimento. Assim como aconteceu com a triste situação de um bebé encontrado num ecoponto. Durante as semanas seguintes todos os meios de comunicação passaram a preocupar-se com a vida dos sem-abrigos e das suas condições.

Vivemos num país em que o acesso à educação, ao alojamento, e à justiça não é a mesma caso uma pessoa seja negra. As oportunidades e as escolha não são as mesmas, e isso, é tremendamente assustador. Em pleno século XXI, assistimos a um debate televisivo em que um diretor e representante de um partido político necessita de discutir caso uma situação é racista, ou não. O mesmo político que defende que não existe “racismo estruturante em Portugal” escreve um post do Facebook a mandar uma deputada para a sua terra; e menos de uma hora depois do jogo de futebol tem a capacidade de “refletir” sobre o assunto. E acredita que os seus apoiantes são cidadãos comuns da sociedade que sempre defenderam a sua ideologia.

Já que a nossa sociedade cada vez tem menos a capacidade de refletir, é necessário informarem-se. Ler um livro como o da jornalista Joana Gorjão Henriques que apresenta a vida do Racismo no país dos brancos costumes poderá ser o início de uma mudança.

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