
Num dia destes, entre um pastel de nata e uma ginjinha, dei por mim a reflectir sobre a imensidão do cosmos. Com tanto espaço sideral, porque é que, com raios e coriscos, ainda não tivemos umas visitas verdes? Porque é que ainda não terão ido ao programa da Cristina?
Quero acreditar que nós somos um caso de estudo para esses seres. A cerca de 10 milhões de anos-luz da Terra, deverão certamente existir estudantes com cinco olhos que se debatem em dissertações e teses de doutoramento sobre a esquizofrénica espécie humana. No entanto, não deverão ter chegado a grandes conclusões.
Já pensaram que somos mesmo muito estranhos. Temos o privilégio de habitar um planeta que nos dá tudo e que nós, meninos mimados e malcomportados, estamos a destruir a olhos vistos.
E se falarmos num criador original, também podemos falar em inferno. E não seremos nós os diabretes que torturam animais para fins recreativos e que destruímos habitats de inúmeros ecossistemas por motivos económicos? Onde entra o sagrado e o profano?
Se um dia os alienígenas vierem visitar-nos, vão com certeza abraçar as árvores e dar colo aos animais.
Se esta é a nossa casa comum, que família disfuncional somos nós, humanidade.
Não estranho que estes vizinhos da área 51 estremeçam só de pensarem em nos convidar para uma ginjinha.