Pense na banda que mais marcou a sua adolescência. Aquela que você se fechava no quarto para ouvir. Que pendurava posters na parede. Que comprava os CDs. Agora imagine como seria, 20 anos depois e ainda fã, subir no palco e cantar ao lado deles para mais de 20 mil pessoas.
Você e eu não sabemos qual é a sensação e, sinto dizer, provavelmente não saberemos. Mas o Márcio sabe.
Começo este artigo avisando que vou-me despir da ideia de imparcialidade jornalística. Afinal de contas, estou falando não só de uma banda que gosto como de um amigo que estreou ontem, no palco do Festival Vilar de Mouros, o sonho de cantar ao lado de Fred Durst, Wes Borland, Sam Rivers, John Otto e DJ Lethal. O Márcio entregou tudo na apresentação dos Limp Bizkit. Para mim, que já disse que de neutra não tenho nada, foi o ponto alto do show – e para muita gente que estava lá, também (bom, digo eu).
O Márcio trabalha no aeroporto do Porto e no domingo, dia do aniversário do vocalista, ele viu a banda desembarcar. “A primeira coisa que lhe disse foi “Happy Birthday Mr. Fred Durst.” Ao que ele me agradeceu apertando a mão. Depois disse-lhe que no dia 23 – três dias depois do encontro – eu ia ao palco cantar a Full Nelson e o Fred respondeu que era bom que eu soubesse a letra”.
Spoiler: ele sabia a letra. Afinal, é fã da banda desde os 14 anos.
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O cartaz do Márcio dizia “Let me sing Full Nelson”. Ele fez em casa, dois dias antes do festival. 48 horas depois, este mesmo cartaz estava apoiado nas caixas de retorno da banda. Os amigos aos saltos, a namorada aos prantos, o coração a mil porque foi reconhecido na multidão, com um cartaz iluminado pelo flash do celular e convidado para viver a experiência que falei no começo desse texto: A de realizar um sonho ao lado da banda que faz parte da trilha sonora da sua vida.
Sobre a sensação de vivenciar tudo isso, Márcio diz que não há palavras para descrever o que sentiu no palco. “Eu antes do concerto estava nervoso, com receio de ser chamado ao palco e depois esquecer-me da letra. Mas quando estava lá em cima e vi aquele ídolo diante de mim o nervosismo desapareceu todo”.
E percebeu-se mesmo. Quem o vê todo à vontade pra lá e pra cá no palco, pulando, gritando e interagindo com os membros da banda pode até achar que ele está na profissão errada. Mas ele garante, em tom de brincadeira, que vai seguir cantando somente no Guitar Hero.
Foi um momento único. Vai ser sem dúvida recordado por todos os presentes e, principalmente pelo Márcio por muito tempo.
Marrzzzooo dá-lhe ❤️
Épico! O momento alto do espetáculo, sem dúvida nenhuma!
Go go go Marçooooouuuuuu!