Balanço

Em jeito de resumo, destes seis meses de 2022, ficam-me alguns assuntos que sobressaíram e fizeram-me escrever este artigo.

O primeiro, claro, a covid-19, e as suas múltiplas variantes, e consequências nefastas. Aprendemos a conviver com esta praga e a assumi-la como parte integrante das nossas vidas.
Ainda a recuperar de dois anos atípicos, a esperança de um novo ano, um novo recomeço, e um novo respirar, imperava.

Eis que se abate sobre nós outra bomba – uma guerra às portas da Europa! Um país a ser invadido e usurpado, descaradamente, por um ditador. Famílias separadas, atormentadas, mutiladas, deslocadas e uma crise económica de proporções internacionais.

«O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) avisa que, “se tudo se mantiver como está, a nível político e económico, Portugal cairá para o quarto pior da Europa” no que ao poder de compra diz respeito.»

A subida, constante, dos combustíveis parece uma brincadeira de mau gosto sem fim à vista. Juntaram-se os preços ascendentes dos cereais e todos os bens alimentares, consequentemente. Está impossível abastecer o carro e a despensa.

Por outro lado, estamos num país em obras. Não há um único lugar que não tenha homens a trabalhar com betoneiras, escavadoras, buracos no chão, tapumes, estradas cortadas, caminhos desviados… e muito pó. Uma constante gincana.

Já no turismo, Portugal parece o novo paraíso na terra. Casas, prédios, propriedades, quarteirões – tudo a ser comprado por milhões. Rendas exorbitantes e um mercado imobiliário mais alto que nunca. Percebemos que isto só está bom para quem vem de fora e não depende dos ordenados tugas. Ou, então, é amigo de um Ricardo Salgado, Rendeiro ou Sócrates.

Não sei se por tudo isto, ou não, as mortes e agressões a crianças e a mulheres aumentaram. Não se entende, choca-nos, e deixa-nos a pensar “onde é que isto irá parar.”

Esperemos que os próximos seis meses sejam melhores que estes e, sobretudo, que a guerra acabe, mas (só cá para nós), duvido.

Ao menos, que venha o verão para animar a malta porque, até agora, nem isso!

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico
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