Esta guerra aniquiladora do futuro

Guerra, este drama que avassalou o mundo e teima em não terminar, já vai quase um ano.

Inevitavelmente o assunto que nos tolda o pensamento e nos bloqueia o sentimento de que todos somos iguais, e que o mundo tem as mesmas oportunidades disponíveis para todos…

O desalento e o desespero de quem vê a sua liberdade atacada, mas cujo coração ganha uma dimensão e força inabalável que os torna guardiões da sua pátria que defendem com a própria vida!

É assim o sentimento patriótico.

Esta fotografia divulgada há dias, representa o pior que esta guerra malvada patenteia, o arraso das famílias e vidas inocentes, um povo que a ninguém pediu para se envolver nesta brutalidade.

Ver o seu espaço atacado, a vida transformada em pesadelo e os dias alterados em constantes ataques num fervilhar de carros de guerra pelas ruas, por onde ainda há uns dias havia crianças e adultos numa vida perfeitamente normal.

Ontem havia um aniversário de uma criança, numa noite, e na manhã seguinte o pai já cá não está porque o prédio foi bombardeado e o seu lar deixou de o ser, e o pai já não vai ver os seus filhos crescer. E os filhos nunca mais terão o seu Pai.

Impotência completa perante este cenário.

Não há sentido que se possa dar à palavra guerra que não seja desespero, morte, desalento e perda. Ninguém ganha numa guerra. Poderá haver os que perdem menos, mas não há vencedores na guerra, porque a guerra é destruição, terror e utilização da força contra os mais frágeis, de forma indiscriminada sobre todos, sem olhar como nem porquê.

Vão todos na frente de uma arma ou de uma qualquer bomba.

Enquanto tivermos loucos responsáveis pelos destinos de grandes potencias, o mundo estará irremediavelmente nas mãos de alucinados que de um momento para o outro nos viram a vida do avesso, conforme a sua vontade.

Medo do futuro que não conhecemos!

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