Paixão. É tão bom estar apaixonado, viver constantemente com borboletas na barriga e saber que há sempre alguém para nos fazer sentir bem depois de um dia mau. Mas o que acontece depois da fase boa da relação?
A verdade é que, quando estamos apaixonados, nem tudo são rosas. A primeira fase da paixão é perfeita. É a fase do friozinho na barriga, das chamadas até de madrugada, tudo é cor e alegria. Ao início tudo é perfeito, talvez porque tudo é novo. Uma relação nova, uma pessoa nova, um sentimento novo… É algo que nos muda e nos deixa mais felizes. Mas depois chega a fase pior. Quando já sentimos tudo e já vivemos mil e uma aventuras com a outra pessoa. Quando a rotina se instala. Depois da fase “lua de mel” vem a rotina. A questão que se coloca por essa altura é “como manter a chama acesa?”.
Sim, não é fácil. Não é fácil para um casal fugir a essa coisa que se tenta impor a todos nós chamada “rotina”. Mas porque é que nos devemos deixar abalar por ela? Porque é que ela tem de nos vencer e não o contrário? Pode parecer difícil “sobreviver” a esta fase mas não é. Afinal, o amor resolve sempre tudo não é? Se amamos porque é que, passada a fase “lamechas” da relação, temos de deixar de o dizer? Porque é que não o demonstramos todos os dias das mais variadas formas? Talvez porque achamos que, por a pessoa já estar connosco há algum tempo, vai estar sempre. Porque achamos que já lhe dissemos tantas vezes que a amamos que ela já está farta de o ouvir. Mas não está. Quando amamos não nos importamos de ser surpreendidos todos os dias pela pessoa amada. Acho que é isso que mantém a chama acesa: mostrar os nossos sentimentos a cada dia que passa e não deixar a relação cair na rotina.
Quando se ama verdadeiramente é tão fácil mostrar esse amor. Flores, jantares, viagens, um passeio pela praia… Aliás, um simples abraço apertado ou uma carícia enquanto vêem um filme juntos. Todos os gestos que nos parecem simples são, na verdade, bastante importantes para mostrar o nosso amor por alguém. Talvez seja necessário esquecer por umas horas o trabalho, as preocupações e as mil e uma coisas que nos invadem a cabeça. Talvez seja importante dedicar mais tempo a pensar na relação que mantemos. Talvez seja mais importante amar sem medida. Afinal, o que é que, na nossa vida, se faz sem amor?