Vivemos numa sociedade, onde a empatia e a liberdade de pensamento, essência do ser humano, transitaram para segundo plano. A tecnologia é que domina agora as nossas vidas.
Actualmente, a sociedade está subordinada por equações matemáticas que cogitam por si, sem intervenção humana. Os designados algoritmos determinam tudo aquilo que pesquisamos na nossa vida on-line.
Sempre que efectuamos compras on-line, ou durante a nossa presença nas redes sociais, ou quando pesquisamos no Google planos de férias, estamos a accionar a matemática que os dispositivos tecnológicos usam internamente para decidir conteúdos e assim infiltrar-se em todos os aspectos da nossa vida.
A tecnologia alterou e vai continuar a transformar os nossos comportamentos e a forma como nos relacionamos com a sociedade e o mundo. Cada vez mais os algoritmos vão tomando conta da nossa vida, surgindo a cada momento novos métodos e procedimentos mais sofisticados fazendo de nós as suas cobaias.
A todo o momento somos bombardeados com divulgações, muitas delas inverosímeis, com métodos e informações tão realistas que influenciam o nosso pensamento. São estas contra-informações que colocam em causa a nossa liberdade, a liberdade de pensamento.
A Tecnologia está a converter-nos numa sociedade menos livre, aprisionada nas escolhas preestabelecidas, e onde somente temos de optar por uma, retirando-nos por isso a liberdade de decidir, e de interagirmos para aperfeiçoarmos a essência das nossas decisões.
Estamos a tornar-nos menos humanos e mais mecânicos, absorvendo as informações como se fossem verdades absolutas. A tecnologia é sem dúvida, uma mais-valia mas não pode substituir o nosso lado humano, a nossa liberdade de pensamento, a nossa empatia e a forma humanística de ser e de pensar, não podemos ficar prisioneiros dela.
Como afirmou Antoine de Saint–Exupéry: “Só conheço uma liberdade, a do pensamento.”