A senhora dança?

Tudo começou com um abraço.

Ele olhou para ela, ela sorriu para ele.

É sempre assim que estas coisas se desencadeiam, ou deveria ser.

Ele colocou o braço por cima dos ombros dela, baixou-se ligeiramente, beijou-lhe a face e apresentou-se.

Ela corou, num misto de embaraço e excitação, enquanto esboçava um sorriso discreto e atrevido.

A dança do acasalamento havia sido encetada.

Quando se inicia este bailado existem dois caminhos a seguir: Bailá-lo até ao fim ou abandonar a pista antes da última música tocar.

Quando optamos pela segunda hipótese não há grandes riscos; não ouvimos melodias que não nos interessam nem confundimos, por lapso, quem nos observa. Vamos embora com alguma insatisfação, talvez, mas com a auto-estima bem nutrida.

Já a primeira acarreta mais responsabilidades, pois ao continuarmos esta coreografia onde dois corpos falam uma linguagem muito própria, onde existem olhares que se expressam sem necessidade de palavras e toques que sugerem uns certos calafrios da alma, estaremos, com certeza, a transmitir uma mensagem errada, ou não…

Mas chapéus há muitos, como dizia o outro, ou barretes, e cada um enfia o que quiser.

Cá para mim não há dúvidas nenhumas, o amor move o mundo, abre portas quando se fecham janelas e transforma o feio em bonito!

Ou seria o dinheiro…?!

Raios partam os provérbios sempre a confundirem uma pessoa!

Share this article
Shareable URL
Prev Post

Copenhaga: uma cidade silenciosa

Next Post

Toy Story 4

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Read next

Ao Cair do Pano

Há dias em que não vem ninguém. Se chove, se é dia de semana, se é meio do mês, não vem ninguém. No quarto…

O que nos liberta

Estávamos ali, bêbedos de vida. As mãos pegam em copos para brindar. Conhecemo-las de cor. As mãos que nos…