O transtorno do pânico define-se como uma ansiedade elevada e patológica, cuja sensação de quem passa por uma crise é estar perante uma situação de extremo perigo, em que a morte é tida como um fim iminente.
Para quem sofre deste transtorno, é difícil perceber quando vai surgir uma crise, pois estas começam de repente e os sintomas são vários mas ocorrem durante o ataque, não dando margem de preparação para a pessoa. O pânico é um sentimento que se pode tornar numa questão muito séria e comprometer a qualidade de vida e a vida social da pessoa. Embora seja uma questão muitas vezes subestimada, deve ser levada muito a sério. O transtorno do pânico é um sentimento muito assustador que só quem vivência, pode descrever. Além da pessoa sentir um grau de ansiedade elevado, existem outros sintomas que acompanham uma crise de pânico, tais como: a falta de ar; taquicardia e uma sensação de morte, o que pode ser confundido com um enfarte.
As pessoas que sofrem de crises de pânico vêem a sua vida ser seriamente comprometida, visto que começa a associar os ataques aos locais que frequenta e que acredita poderem ser os causadores, evitando assim frequentá-los e desenvolvendo algumas fobias, tais como a agorafobia. A sua vida social e pessoal ficam comprometidas e podem levar a que sofra de depressão. Quando alguém tem uma crise de pânico, a reacção pode ser tentar fugir o mais depressa do sítio onde se encontra, ignorando que o perigo que sente é imaginário e colocando-se realmente em perigo, como por exemplo um atropelamento. A insegurança é também uma consequência grave para quem sofre de crises de pânico, pois vai ter um grande impacto no convívio social da pessoa, não apenas relativo aos locais que a pessoa frequenta (como já foi referido anteriormente), como também relativo às pessoas com quem lida, provocando em alguns casos o afastamento.
O diagnóstico e o tratamento variam conforme o paciente e o seu historial médico. É importante saber que existem outros factores que podem levar a crises de pânico em alguns casos, tais como o uso exagerado de alguns medicamentos como os corticoides e as anfetaminas, assim como de psicostimulantes.
Embora o pânico seja um estado de espírito entendido por muitas pessoas como uma reacção a algo que mete medo, deve ser entendido como algo mais sério, pois trata-se de uma patologia que atinge uma percentagem considerável de pessoas, que nem sempre são bem compreendidas, seja por nossa ignorância ou por mero desinteresse.