Gostar ou não? É uma boa questão…
E como encaramos a realidade de nem todos gostarem de nós?
Este tema tem muito que se lhe diga e, ao mesmo tempo, tão pouco: Não gostam e ponto final. Problema deles.
Quando conhecemos alguém, em apenas alguns segundos, ficamos com boa ou má impressão dessa pessoa. Caso não goste dele ou dela, será porque não terá mesmo nada em comum comigo e raramente cometo erro. Vivemos em sociedade e, portanto, vamos encontrando um meio termo nisto tudo.
Quando temos mesmo de conviver desta maneira, lá terá de haver algum fingimento pelo meio, que é, infelizmente, um mal necessário. “E esta, hein?” Como costumava dizer o grande jornalista Fernando Pessa.
Durante algumas décadas, achava impossível que não gostassem de mim. Sempre fui simpática, educada, pronta a ajudar toda a gente, respeitadora… como seria isso possível? Porque é que alguém não simpatizaria comigo?
Aprendi que temos de aceitar os outros como eles são. Se não o fizermos nunca teremos paz de espírito. E isso é muito importante. Tem de haver tolerância entre todos, para convivermos. E também tenho a noção de que, se gostarmos suficientemente de nós próprios, não quereremos, nem necessitamos tanto assim, de ser gostados.
Há temas dominantes do comportamento social das pessoas. As comunidades em geral são formadas a partir de determinadas culturas, crenças religiosas e diferentes aspectos económicos.
A sociedade muitas vezes baseia-se em factos fúteis para aceitar o seu semelhante, como por exemplo, se se tem bens materiais ou algum estatuto social. O que não pode ser assim tão mau, porque, assim, ficamos a saber quem é verdadeiramente nosso amigo. Estas pessoas esquecem-se que na vida haverá provavelmente uma ou outra ocasião em que todos precisaremos de todos.
Temos um exemplo bem actual desta situação: os tempos piores da pandemia. Foi uma altura estranha, pois todos pareciam ser amigos, faziam-se grandes favores, havendo um suposto grande carinho pelo meio. Porém, será que haveria? No fim, nada pareceu ficar como dantes e houve aos poucos um afastamento geral.
A vida é assim um grande enigma e, aos poucos vai sendo decifrado, quer gostemos ou não, de quem vamos encontrando no caminho.