Este artigo é com base no que vejo e leio, principalmente no meu quotidiano real e nas redes sociais: as comparações!
Frases como “Ah estás a fazer 7 cursos? Eu estou a fazer 13!“, “Homem que tira foto de lado (perfil) tem um ar suspeito!“, “Tens muita sorte com o homem que tens” são alguns dos exemplos que oiço e leio nas redes sociais (talvez por isso passe cada vez menos tempo no Feed das redes sociais). Por essa razão, prefiro ler curiosidades sobre a área comportamental e seguir pessoas especializadas nas áreas que me motivam todos os dias, ou páginas motivacionais ou de sucesso, para bem da minha sanidade mental também. E, sim, prefiro tudo ao vivo e a cores, um café ou um jantar, por exemplo, entre amigos.
Frases que se dizem aos casais por exemplo, “são um apenas agora”, ou “porque continuas a casar-te?”, na verdade o que defendo e acredito é um+um=três, ou seja, um casal antes de ser casal é um indivíduo.
Ou a nível individual, ditados populares do “a galinha da vizinha é melhor que a minha”, ou “burro velho não aprende línguas”, acabam por criar mitos e conceitos desvirtuados e desfasados da realidade em pleno século XXI. Não faço comparações às “galinha da vizinha”, amo o que tenho em casa e o que quero alcançar faço e luto todos os dias por melhorar e a competir comigo mesma (para mim esta é e sempre foi a melhor competição). Como me costumavam dizer, e afinal, quem está mal muda-se, ou faz pela mudança mais no que pratico.
Nunca percebi e agora cada vez menos, as comparações que costumam fazer da minha vida com a vida da pessoa X, ou troca de galhardetes…somos todos adultos e maduros certo? Não há comparação, porque eu, para começar, nasci num dia, hora e contexto familiar diferente de todas as outras pessoas. Tenho um ADN diferente tal como todos os seres humanos, então, até às comparações de que todos os homens têm determinado comportamento não se enquadram assim, até porque até eu tenho muitos comportamentos típicos masculinos: não sou eu que faço a maioria do trabalho doméstico, mas, sim, o meu marido (que choque, certo?) e faço comida para desenrascar, algo que não é bem típico de uma verdadeira mulher casada (se calhar já não tenho as credenciais para me poder casar).
Por isso, será que tenho “sorte” no marido que tenho? Ou será simplesmente que não repito padrões e ciclos que repeti anteriormente e desta vez estou mais aberta e apta a um trabalho constante de equipa numa relação amorosa (compromisso, valores em comum, quais os objectivos de cada um para uma relação, etc. são alguns dos tópicos que falámos e vamos falando sempre que seja necessário)? Ah e na verdade, tenho amigos homens que já existiam antes do meu marido existir, ou que vieram a existir depois e que estou com eles sem o meu marido presente (há uma coisa chamada confiança), e na verdade não somos siameses, somos marido e mulher cada um com a sua individualidade.
Na verdade, nunca fui ensinada desde criança a competir com ninguém, mas sim a melhorar por mim mesma, até porque o meu corpo, as minhas limitações físicas, intelectuais, realidade económica, quotidiano, é diferente até do meu vizinho do lado, quanto mais do colega do curso Y, que gosta de me perguntar “quanto tiveste?”. Eu não ando aqui pelos outros, nem para mostrar o que valho aos outros. Ando aqui a fazer o meu caminho, e o que move todos os dias e me faz saltar da cama todos os dias, e dormir cada vez melhor quando escrevo no meu quadro de objectivos o que já fiz e o que me falta alcançar, por exemplo.
Por isso, sobre ser o colchão da minha pessoa, ou ser dos outros, acho que as pessoas devem preocupar-se com a vida delas e deixar a vida alheia e se deixarem de comparações.
Cada um de nós tem um sentir diferente, uma realidade diferente, um corpo, mente, coração e alma diferentes. Sejamos diferentes, originais nas nossas vidas. O resto igual e mais do mesmo, já existe, faz diferente do que vês. Sê único, tu és lindo/a, de tantas formas. Faz-te ouvir, e ser na tua realidade e sociedade.