Atualmente, em vários canais, sites, redes sociais entre outros fala-se de alterações climáticas e de tudo o que estamos a fazer para prejudicar o meio ambiente e deteriorar cada vez mais o planeta. O aumento dos gases de efeito de estufa refletem-se cada vez mais, principalmente em tempestades e acontecimentos que tornam pequenos ou grandes catástrofes cada vez mais constantes.
O aumento das temperaturas dos oceanos foi em parte camuflado pelo efeito La Niña, isto acontece quando os ventos sopram com muita intensidade sob o oceano e deste modo deslocam a camada de água quente para Oeste. É assim que acontece o resfriamento natural das águas do oceano. Este fenómeno contribuiu também para o aumento de chuvas intensas e consequentemente para as quedas das temperaturas. Este fenómeno está na origem de muitas discussões abertas ao público sobre o planeta.
Estas discussões que se percebem essencialmente nas redes sociais, com duelos de argumentos pouco estudados e fundamentados, revelam muito sobre a sociedade que vivemos. Em que cada um está focado em tentar passar a imagem de uma sociedade evoluída. As pessoas preocupam-se quando algo lhes afeta diretamente, quando se sentem intituladas de egoístas nos seus pequenos gestos ou quotidiano. Muitos entram nas discussões em formato “caps lock”, isto é para falar mais alto e nunca para ouvir. A verdade é que muitas vezes, em cima de mesa, está somente os seus interesses e muitos deles, centrados somente nas questões financeiras.
Observemos o momento em que os sacos de plástico deixaram de ser gratuitos nos supermercados, bastou o facto de cobrarem 0,10€ por cada um, que todos começaram a usar sacos reutilizáveis. Na verdade, poucos se importaram com a redução de plástico, mas, sim, ao pequeno aumento que isto resultaria no talão de compras. No entanto, ainda há muitos que criticam esta lei. Por norma, tudo o que tem uma abordagem mais saudável e por consequência mais ecológica, mas que obriga o outro a gastar mais dinheiro cria uma certa aversão. Uma boa parte da sociedade não pensa nas gerações futuras, pensa somente em criar uma facilidade no momento presente, naquilo que afeta o seu quotidiano. Ou seja, aderem e dão apoio a realidades que não lhes provoquem dificuldades diárias.
As mudanças exigem compreensão e que esta seja incutida desde cedo e uma boa forma disto poder ser revertido seria ensinaram com empenho formação cívica nas escolas. Contudo, não no registo antigo, em que se falava de semáforos. Isto teria um forte impacto se lhes passassem valores sobre sociedade e meio ambiente, a pensar de forma coletiva e futura. Se, nesta abordagem, os alunos pudessem ter acesso a explicações acessíveis, a divulgação de personas de redes sociais que fazem grandes projetos, que os inspirassem prepararíamos melhor as novas mentes.
Se aqui houvesse também uma abordagem de avaliação que os estimulasse a pensar em pequenos passos, talvez assim teríamos uma proposta mais unida para tentar salvar o meio ambiente. Isto não é passar a responsabilidade somente às novas gerações, mas, sim, aceitar que não são só os pais que moldam os filhos, por vezes são os filhos que ajudam os pais a pensar num novo tempo em vez do antigo. É neste novo tempo que todos temos que nos unir para pequenos gestos que resultam em grandes passos.
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico