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Os sinais que damos ao planeta

Corriam os anos 80, quando eu andava na escola primária, já nessa altura sentia o que agora percebo ser eco ansiedade, pois já há 35 anos éramos alertados para a crise ambiental que já se fazia sentir. 

Lembro-me de achar assustador o futuro, cujo pior cenário era termos de andar na rua com máscaras protetoras de radioatividade uma vez que o ar seria irrespirável. Bom, quase 40 anos passaram, e ainda que não tenhamos de andar com essas máscaras, já vivemos dias de 35 graus em Outubro, o que indica claramente que as alterações climáticas já afetam o nosso dia-a-dia de forma insuportável, e chega-se à conclusão de que quase nada foi feito para prevenir a atual situação desesperante que estamos a viver agora.

É importante percebermos que o planeta já deixou de dar sinais, neste momento o planeta já tem o botão de emergência acionado e se não morrermos queimados com as ondas de calor, poderemos morrer afogados com as inundações. Na verdade, já não há tempo, tem de se agir agora porque honestamente os sinais foram bidirecionais: por um lado temos um planeta que nos indica estar no limite, mas por outro lado, nós humanos fomos enviando vários sinais ao planeta que não queríamos saber disso. 

Muitas vidas no naufrágio do gigante Titanic se perderam porque, por razões estéticas, não foram colocados salva vidas suficientes, e não será preciso recordar o icónico filme de 1997, para percebermos que a maioria dessas vidas perdidas eram de pessoas que viviam, e estavam, no barco em situação desfavorecida. O mesmo acontece com a atual realidade do planeta, uma vez que as nações mais desfavorecidas são as escolhidas para manter o nível de vida ocidental, o ilusório ganho económico com estas transações nada éticas é a moeda de troca para tornar essas mesmas nações as mais prejudicadas. Falo dos países, alguns na Europa também, onde se confecciona a nossa roupa, ou para quem vendemos o nosso lixo e onde se exploram minas de lítio, sendo estes apenas alguns exemplos gritantes de que o nosso estilo de vida é insustentável, não só para nós, como obviamente, para o nosso planeta.

A crise climática mostra-nos claramente que em nada estamos separados uns dos outros, é urgente unirmo-nos e percebermos que não comemos, nem respiramos dinheiro e que o ar, a água e os alimentos são o que garantem a nossa sobrevivência. 

Deveremos perceber também que a correta exploração dos recursos do planeta é o único caminho para a salvação da espécie humana, porque a urgência na reversão da crise climática tem por base a salvação da nossa espécie dado que o planeta quando deixarmos de existir ainda ficará por aqui a ocupar o seu lugar neste vasto universo.

Para conseguirmos levar este barco a bom porto, temos de saber acalmar a nossa ansiedade e perceber que todos, individualmente, devemos fazer a nossa parte e, em grupo, temos de pressionar o poder político, em especial os lobbies, a mudar mentalidades e assumir posições firmes rumo à verdadeira sustentabilidade.

Recapitulando os pontos mais importante desta luta global:

  • Nós somos mesmo todos um, planeta e natureza incluídos.
  • Ainda que tenhamos tempo, a verdade é que, já não há tempo a perder.
  • É urgente repensar a organização económica mundial e isso começa na economia doméstica de cada um de nós.

Finalmente e acima de tudo, temos de aprender a gerir as nossas emoções para manter a cabeça fria nesta tarefa hercúlea de mudar mentalidades e deixar de permitir que uma lógica absolutamente capitalista destrua a vida de todos nós.

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico 
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