Saiu há uns dias um artigo no Público que alertava para a necessidade emergente de estarmos a par da nova tendência humana de obsessão pela felicidade. Há, objectivamente, cada vez mais pessoas em busca dela e o ‘mercado’, ciente dessa exigência crescente, financia, através das redes sociais, uma felicidade aparente, ilusória, segundo a qual todos parecem mais bem-sucedidos do que nós.
A felicidade é, indubitavelmente, um conceito amplo, através do qual cada um tem a sua visão e aspirações, mas o denominador comum procura, claramente – e quase sempre no exterior –, o que promove orientação psicológica ou espiritual, ciente de que este é “um processo de avanços e recuos”, onde a pressão social é muito grande, para conseguir lidar com o nosso vai-e-vem emocional e, desta forma, preencher o nosso vazio interior e inquietações.
O problema é que, hoje em dia, é tudo praticado à superfície, ignorando e escamoteando os conflitos internos, e a solução é muito simples: a aposta em soluções racionalmente consequentes, estruturais e de longo prazo. Como? Perguntamos nós. Através de uma insatisfação permanente, lidando com a tristeza, ansiedade e frustração, basicamente, aceitando o desequilíbrio sentimental (sempre solucionável) que te aflige.
Porém, há um pressuposto que não podemos ignorar: o cidadão contemporâneo parece perdido, mas há esperança:
Nada é impossível; tudo depende de nós; basta mudar a nossa mente (o nosso mundo interior, digamos) para que o universo que nos rodeia se transformar.
Portanto, deixo-vos um conselho: altera a tua realidade, porque não será o ‘sistema’ a fazê-lo por ti.
Vive desmedidamente, com a ambição de aspirar incessantemente a mudar o mundo de todos.
Tudo começa por ti e em ti. Nunca te esqueças.