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Gijón & Cudillero

Fiz esta viagem há muitos anos, na altura ainda andava na escola e estava a estagiar numa agência de viagens e o meu patrão gentilmente ofereceu-me esta viagem (basicamente porque mais ninguém quis ir) com um operador turístico com o qual a agência trabalhava. Foi uma viagem (fim-de-semana) de autocarro a Espanha (Astúrias), mais concretamente a Gijón com uma breve passagem por Cudillero. O intuito era juntar o pessoal de várias agências para mostrar o novo hotel com o qual estavam a trabalhar na zona.

Chegado o dia lá fui eu toda contente mas com um bocado de receio, era muito nova, também nunca tinha tido uma experiência do género e não conhecia ninguém.

A viagem foi bastante cansativa (5hrs mais ou menos) com algumas paragens para fazer o chichi básico e esticar as pernocas. Era já de noite quando chegamos e eu lembro-me que antes de irmos para o hotel paramos num restaurante gourmet (imaginem o descontentamento do pessoal que estava cansado e cheio de fome), foi-nos apresentado uma ementa com “foie gras” e outras “amostras” de comida (que me desculpem os grandes chefes de cozinha e apreciadores deste tipo de comida) a qual todo o pessoal torceu o nariz, felizmente o pão estava maravilhoso e foi assim que cerca de 15 pessoas famintas se abasteceram. Já no hotel foi altura de atribuir os quartos, eu tive tanta sorte que me calhou um quarto só para mim.

No dia seguinte, tínhamos planeada uma visita ao Jardim Botânico Atlântico de Gijón mas não sem antes tomarmos o belo do pequeno almoço no hotel e eu passar uma das maiores vergonhas da minha vida (adoçar o café com sal não é uma boa ideia).

Relativamente ao Jardim Botânico o mesmo foi inaugurado em 2003 (penso que o visitei em 2005) tem cerca de 19 hectares de beleza natural e tudo é muito bem cuidado, vale a pena a visita sem dúvida.

Nesse mesmo dia passeamos pela cidade, vimos alguns monumentos e ainda tivemos direito a ver na rua um espetáculo de um individuo a escançar (a maneira com é a servida a bebida) sidra (bebida típica da cidade).

Quando regressamos ao hotel foi-nos dada a possibilidade de usufruir do Spa, mas eu como estava sozinha tive vergonha de o fazer portanto a célebre frase “quem tem vergonha passa mal” nunca fez tanto sentido.

No último dia passamos então por Cudillero uma pequena vila piscatória com casas coloridas entre as montanhas, fizemos um passeio livre e aproveitamos para comprar alguns souvenirs.

Foi uma viagem engraçada, conheci muitas pessoas e lugares maravilhosos, valeu muito a experiência.

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico.

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