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Heróis precisam-se!

Com o passar do tempo e o avançar da idade, damos por nós a dar valor e a apreciar coisas que quando éramos mais novos nos passavam (completamente) ao lado. 

Um desses exemplos está na gastronomia: não é comum ver um jovem a apreciar uma caldeirada de raia quando tem ao seu alcance pizza ou um suculento bife com batatas fritas. Falo também de bebidas. No meu caso em particular, comecei a apreciar vinho tinto já na casa dos trinta e, hoje em dia, não consigo conceber certas iguarias sem serem acompanhadas por este delicioso néctar.

E estas alterações vão acontecendo, paulatinamente, também noutros quadrantes como música e cinema.

Há bandas intemporais, que têm a capacidade de atravessar gerações e outras há que deixaram de fazer sentido tanto pela sua sonoridade como pela mensagem que as suas letras transmitem.

E o mesmo se passa com o cinema. Continuando a focar-me no meu próprio exemplo, se alturas houve em que apreciava uma boa comédia romântica, hoje em dia a paciência e a disposição para perder 90 minutos do meu precioso tempo a ver uma “lamechada” cor de rosa e com a certeza de um final feliz, são quase inexistentes.

Não pensem que aprecio violência ou que torço pelos vilões, nada disso, porém, um filme, assim como um livro, têm que ter reviravoltas, têm que nos fazer pensar, equacionar e, embora saibamos que irá acabar bem, tem que ter a capacidade de nos deixar na dúvida.

Neste contexto, estava eu no domingo no meu sofá, a aproveitar um dos meus raros momentos de ócio e a fazer “zapping”, quando um filme que estava nos seus primeiros minutos de exibição chamou a minha atenção. Confesso que foi pelo actor, que é um dos meus favoritos, Matt Damon, quer pela sua simplicidade enquanto actor quer pela sua versatilidade.

Fiquei curiosa e quis saber o título: “Agentes do Destino”. Ora aqui está um filme que vai valer a pena ser visto, pensei de imediato. Não é um filme recente, é datado de 2011, no entanto, intemporal.

E não me enganei. Um enredo interessante e que prende o espectador. Não deixa de ter um pouco de romantismo, mas sem ser lamechas. 

A personagem principal não deixa de ser um herói moderno que sabe o que quer e que  luta para o conseguir.

Resumidamente, numa altura de descrédito quase total na humanidade, onde na vida real os heróis já quase nem existem e quando raramente aparecem, nem sempre ou quase nunca triunfam e os comuns mortais ficam longe de um final feliz,  este filme trouxe consigo uma mensagem de esperança, utilizando um argumento original para nos mostrar que o amor verdadeiro e puro (ainda) é possível acontecer e que vale a pena lutar por ele, contra tudo e contra todos. 

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do antigo acordo ortográfico.

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