E afinal, o dinheiro é garantia da felicidade?

Pergunta que filósofos, economistas e cientistas sociais tentam responder há décadas. E nós, meros humanos, nos questionamos se é mesmo por aí o caminho para ser feliz…

Estudos – sim, há quem estude esse assunto – mostram que, o dinheiro pode trazer felicidade sim (se bem empregado), mas obviamente que não sozinho. Os cientistas Daniel Kahneman e Matthew Killingsworth foram responsáveis pela pesquisa que atestou que a felicidade pode trazer estabilidade (nem nunca concluiria o contrário) mas – sempre têm um, mas – traz vida estável em alguns quesitos e muitos outros ainda ficam por preencher.

Ter dinheiro ajuda e muito as pessoas a saírem da pobreza, facilitando suas vidas e diminui consequentemente a possibilidade de tristeza predominar. Mas (ele novamente) não é uma regra! Nem uma constância…. Quando o tema são pessoas e suas vidas, tudo pode acontecer.

Muitos tendem a passar por “sofrimentos” que nem poderiam ser amenizados com uma conta bancária repleta. O estudo cita exemplos como mágoa, luto ou depressão como topos de motivos para justificar que nem tudo é resolvido com dinheiro. Seja em qual moeda for, impera a falta de controle nesses temas delicados e irreversíveis muitas das vezes.

Na brincadeira, ainda dizem por aí: “Se dinheiro não traz felicidade, me dá o seu e seja feliz”. E quem partilha, feliz é?

O segredo ninguém sabe bem qual é. Só sei que afasta famílias, amigos, gera briga e muitas vezes, uma grande confusão. Gera transtornos e até obsessão.

A nossa relação com o dinheiro é profundamente emocional, mesmo que inconsciente. Associamos ele ao poder e a capacidade de controle e isso, por si só, pode afastar-nos ou aproximar-nos dele. Dele e das pessoas. Não é em vão o provérbio “quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela.”

Quem nunca conheceu alguém que seja lá qual motivo for, acaba “crescendo” diante da condição financeira? Humilhar e se gabar se tornam atos constantes, prevalecendo o caráter predominantemente material. A nota, seja de qualquer moeda for, vira arma e a arrogância impera.

Uma garantia eu dou: Dinheiro não é solução dos problemas de todo. Apazigua, traz conforto, algumas garantias, poder de escolhas e de supérfluos até. Mas solução? Garanto que não é. E tem quem pense: só diz isso porque tem de sobra ou rico é. Mas não distinguem que tipo de riqueza que se quer!  Bom não nego que seja, mas para dinheiro feliz, alguns princípios, até eu diria que podem felicidade trazer: comprar experiências é um deles. Seja uma viagem, boas refeições, espetáculos para assistir, um parque caro para se divertir… Gera mais sorrisos do que mala de grife ou ténis de marca. Uma casa cara, onde ninguém nem se olha (na cara).

Memórias afetivas e laços criados aquecem o coração. E isso não depende de quanto você tenha no bolso, no banco ou em baixo do colchão.

Já vi gente mais feliz bebendo em copo de plástico do que na taça de cristal. Ou sentados na beira da rua, jogando papo fora, com sorriso no rosto e chão sujo, mais animada do que o casal em restaurante fino. Ou ainda, pilotando um carrinho 1.0 com conversa animada durante o percurso enquanto os que tem motorista particular ou conduzem um grande possante, seguem calados e sem brilho. Questão de ponto de vista e de considerar o que é e quem é alegria!

Qualquer que seja a direção ou a forma de viver, de que adianta morar em mansão e não ter ninguém para apertar a mão? Como em tudo, o equilíbrio deveria prevalecer.

Ter o suficiente para o conforto, caprichos, sossego e às vezes até o desnecessário. Mas não se compra amor, carinho, atenção, saúde, família, amigos e alguém que acolha o coração.

Fica tudo mais seguro quando muita nota se tem. Seja euro, dólar, real, libra, qualquer um vale a pena se souber administrar. Mas -sempre o, mas – segurança mesmo é ser rico daquilo que dinheiro nenhum no mundo compra.

Já avaliou qual sua maior riqueza? Aposto que não é o papel. Nem é de medir, nem de contabilizar. Não é monetária. É de vida, de além do material. É a troca e a soma de um sorriso real e um colo leal. Seja rico! Que espalhe riqueza, “dinheiro” e amor. Pode ser esse o segredo de trazer felicidade. Ser feliz se basta!

Nota: Esse texto foi escrito seguindo as normas de português do Brasil.

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