O que é a vida se não viver e desabrochar para a dor?
Descobrir no erro que somos frágeis e não de ferro? Sentir os ponteiros do relógio que dizem que tempo está a acabar?
É sentir o latejar das emoções na ressaca das tentações? É o pulsar da adrenalina das conquistas e derrotas no caminho?
É rosa de espinhos que apaixona e magoa? E não saber o porquê de nada, convencido que sabemos tudo?
E ter a chave que abre e fecha as nossas escolhas? É não bater continência quando ela passa?
É ter medo e hibernar até a vida passar? É viver ou sobreviver?
É ter escolha ou não ter? Ou é só ser?
Muito se podia dizer dela… a Vida.
Bandida, que nos assalta e nos pisa sem dó. Calca a ferida até aprendermos e muitos nem chegam ao fim tal é o sofrimento. Ela é uma cruz que todos temos de carregar seja de algodão ou betão, mas a forma que a levamos determina como ela nos vai tratar. Não há a segredo, é deixarmo-nos levar como o vento e flutuar no tormentos descobrir nesse momento que também pode ser bela. Saber desfrutar desse oásis de curta duração e no meio da nossa confusão seguir a missão que nos foi carimbada.
Não temos escolha se não levar isto sem expectativas e aproveitar o que ela tem para nos dar, pois um dia tudo vai acabar e chegar o fim da nossa história, que vai passar a ser uma memória na nossa eterna alma.