O que é que nos distingue dos outros?
Será apenas a cor da pele, as roupas que usamos ou o dinheiro que temos? Será o que pensamos ou a forma como o passado carregamos?
O que nos faz ser diferente? É a luz do sol nascente ou a luz que se apagou em nós?
Serão os nossos medos? Talvez, os sonhos que foram adormecidos e esquecidos, quiçá, os nossos segredos?
Será a perspectiva que temos do futuro ou o muro que não nos deixa avançar?
Talvez seja a maneira como olhamos o mundo, o que nos obriga a dizer “Eu não presto” e a importância que damos a tudo o resto.
Serão as conversas perdidas que nos diferencia? Ou as noites rendidas que queremos que se tornem dias? Quem sabe, sejam os abraços que não demos, as despedidas, os momentos que vivemos e as peças partidas que nos fortalecem em cada ida, das várias vidas que pudemos contemplar.
Decerto, não é nada em particular, mas é o universo em geral. As várias partículas que coabitam em nós, as feridas e tudo o que somos acrescentando o que ainda queremos ser. São as várias camadas, as pessoas amadas e as capas de heróis que não quisemos esquecer. É tudo o que trás alegria, as lágrimas que deitamos um dia e um ou outro anoitecer. O que nos diferencia é a soma de todas as partes, todas as conquistas e as batalhas que decorrem no nosso interior. São as nossas asas, os lugares para onde voamos e tudo aquilo que fazemos com Amor.
