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De sol em sol, de porta em porta

Adoro passagens de ano, não propriamente pela festa, mas pela oportunidade de começar de novo. Gosto de reinícios e de recomeços, de novas oportunidades para sermos mais e melhores. Acredito que cada ano traz consigo uma energia diferente e que de certa forma nos influencia, nos motiva e nos direcciona.

Dizem os entendidos que o ano de 2020 é o ano do sol e cá para nós: já merecíamos um ano bem iluminado, que nos traga clareza, força e crescimento. Claro que nada mudará nas nossas vidas se as nossas atitudes forem sempre as mesmas, mas para quem partilha desta minha crença, entende que, com um novo ciclo abrem-se e fecham-se portas, portas essas que nos podem levar a outras possibilidades e a outros caminhos. E tendo isso em conta, como não mergulhar?

Qual a chave para abrir cada porta nova? Eu diria que uma das chaves poderia ser a Organização.

Pois, é. Todos sabemos que a organização pode reflectir quem nós somos e quem queremos ser. Eu acredito no meio-termo e vejo a organização como uma metáfora da vida.

O livro Alegria de Marie Kondo (“guru” de arrumação que desenvolveu o seu próprio método chamado: KonMari) pode dar-nos uma ajuda para entender esta nossa analogia. Quem conhece o trabalho de Marie percebe que todo o seu conceito de arrumação se baseia na Alegria. Do ponto de vista desta guru, só devemos manter aquilo que nos traz alegria (exactamente como na vida em geral: manter só aquilo que nos faz feliz).

É fácil? Claro que não. Arrumar (e ser feliz) dá muito trabalho.

Mas temos que começar por algum lado, certo? Então comecemos pela roupas, (sugestão do KonMari), depois seguimos para os livros, papeis/documentos, o Komono (o que não se inclua nas outras categorias) e deixemos por fim as lembranças.

Neste sentido, as roupas, representam a imagem que damos aos outros – com ou sem consciência. Representa a maneira que queremos ser vistos pelo mundo e a forma como nos comportamos perante as situações. De acordo com a especialista, se arrumarmos isto tudo com Alegria e agradecendo às peças que nos iremos desfazer (é preciso alguma gratidão) passamos a ser mais coerentes connosco próprios. Afinal de contas, quem é que se deve sentir infeliz com a imagem que dá? Para quê usar roupa que nos faz infeliz? Se resolvermos esta questão, vamos, certamente, poupar anos de infelicidade e infortúnio, melhoraremos a nossa qualidade de vida e o nosso bem-estar.

Já no que se refere aos Livros, imagino que representam o nosso interior/aquilo que fica em nós. Não teremos todos livros que não gostamos, mas que guardamos na mesma? Há livros que são deixados de lado, que já não nos servem e pergunto-me se valerá a pena prender-se ao que é menos bom. Acredito que nos livros se escondem padrões que se repetem sem ainda termos entendido porquê. O que ficar, tem que preencher a nossa alma, inspirar alegria. Temos que nos desfazer das histórias que não nos levam a lado nenhum e que só ocupam espaço na nossa estante, mente e coração. E só aí é que podemos dar lugar a novas histórias, a novos livros, a novos sentimentos.

O KOMONO abre-nos a porta às pessoas e trabalhos que não queremos na nossa vida. Lá também existem os lugares que desejamos ir, os destinos exóticos (ou não) que nos fazem sorrir.  Aqui, o sol brilha menos (por enquanto) pois a obrigações são maiores. O peso que carregamos nesta área podem tomar proporções dantescas, contudo acredito que é possível conseguir melhorias, nem que seja a médio e longo prazo. As coisas que não mudamos, que não arrumamos jamais se irão resolver sozinhas por isso, tenham coragem para abrir portas e janelas, para que entre uma lufada de ar fresco e pouco a pouco, talvez com um plano ou dois, as coisas ficarão bem arrumadas.

A última porta a abrir são as lembranças, são deixadas por último porque aqui já estamos bem treinados no que nos deixa alegria. E é preciso mestria para deixar espaço para novas e boas recordações. As que estão embrulhadas em emoções, serão as mais dolorosas de deixar ir. São os apegos que carregamos, os sorrisos, as lágrimas que deixamos cair e até mesmo aqueles que vimos partir. Moram aqui os que recebemos de braços abertos, os que estão longe e perto e todos o que ainda estão para vir. E é por isto que é preciso limpar, arrumar, deixar para trás o que não interessa, o que nos esmaga, as que só nos dão conversa e as que não nos deixam amar.

Acredito que, o que é preciso ter em mente é que aquilo que fizermos hoje, por pouco que seja, vai determinar o nosso futuro. O livro, é um Guia ilustrado da arte de arrumar a sua Casa e a Sua Vida. Por isso aproveitam a oportunidade para arrumarem com Alegria.

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