Aquele Porto, no centro onde viajamos

Centro Histórico do Porto… Aquele Centro que de Histórico tem tudo. Aquele Centro de onde podemos olhar as muralhas em redor e perceber que é realmente Centro.

Seja de dia ou de noite, é aquele centro romântico, sereno e que nos inspira.

Aquele centro, que acredito acontecer com tantos outros, já teve diversas fases.

Contudo, ainda que, nos dias de hoje, o turismo – que mesmo sendo importante pelas mais diversas razões – tenha, de alguma forma, modificado, a sua essência, mantem-se intacta. Talvez a forma tão rápida e pouco sustentada, de que tanto ouvimos falar, para tornar o centro mais turístico, seja realmente o “dedo a apontar”, mas o centro precisava de Vida. O centro precisava de rejuvenescer e de se refrescar para se lembrar de quão maravilhoso é. O comércio de rua volta a fazer sentido, os passeios no Douro, as visitas ao centro de congressos Alfândega do Porto, às tantas igrejas bonitas e também elas históricas, as paragens das camionetas a trazer pessoas para conhecer o centro.

A zona da Ribeira, de onde conseguimos ver Gaia e os saltos dados pelos miúdos – no Verão – em plena ponte D. Luís (e que neste momento serve quase como que atração turística para ver se o miúdo tem ou não coragem para saltar e qual deles é o melhor salto, ou quem salta melhor). Os barcos no Douro – rebelos ou não – que nos fazem viajar só de ver – ainda que o melhor seja realmente experienciar! A vista das pontes, que nos relembram a sua importância para a ligação – diária de alguns – entre o Porto e Gaia.

A zona de Miragaia, de arcos encantados, e de onde podemos vislumbrar o bonito Jardim das Virtudes, lá no alto – e depois de lá chegar, bem ao alto, a vista é maravilhosa! Atravessar estes arcos e passear pela zona, é perceber a humildade, simpatia e generosidade de quem lá mora ou já morou e imaginar que seria também assim, anos atrás, remotos no tempo.

Subindo as escadas e rampas, realmente inclinadas, conhecemos a zona da tão famosa e emblemática, Torre dos Clérigos e a zona dos Caldeireiros – onde em tempos existiam os senhores que faziam as Caldeiras, e que barulho. Bem, conhecer a Torre dos Clérigos é viajar no tempo. É, lá do alto, ter das mais belas vistas da cidade. Vista de baixo, faz-nos parecer bem pequeninos, mas a escadaria acompanha-nos na caminhada.

Descendo, pelos Aliados, descobrimos a Avenida da Liberdade. Com os seus monumentos históricos e, ao longe, vislumbramos a Câmara Municipal do Porto

A estação de comboios de S. Bento – que também ela se reergue e se atualizou, mantendo a sua história. E onde a caminhada continua, subindo até à Sé do Porto. E que Sé! Imponente, majestosa e antiga. É, curiosamente, dos monumentos mais antigos de Portugal. Dá para imaginar a inspiração de quem por lá passa.

Passear no centro do Porto é passear na história. É passear nas gentes, que em festa de S. João, é folia até de manhã. É passear por entre as pessoas que já viram o seu centro passar dias bem escuros, mas que voltou à luz. E que acordou o que estava só adormecido.

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