O Natal são sonhos. São fantasias. É amor realizado. Estamos mais predispostos para dar e receber abraços. Verdadeiros, com os braços inteiros.
O Natal é egoísta pelo altruísmo que passa.
(frase anterior está a ser contestada e merece uma explicação mais longa… depois)
Tudo o que é vida teve de ter um parto e o parto não rima com limpeza, é sujo. Há algum fazer de conta em todos nós. Algum Era uma vez. Mitos do passado que lançam futuros. Imaginações que pintam e desenham.
Natal também são histórias herdadas. Músicas e melodias. Notas e alfabetos. Palavras e sons. Silêncios e murmúrios. Ideias e forças. Músculos e alentos. Talentos.
No Natal é tudo o que termina no ano e lança um novo onde volta tudo a começar. São doces e abraços. Amor e alguma liberdade. Não demasiada para quebrar maturidades. E manter seriedades.
O Natal pode ser complicado. Pode ser difícil e doloroso. Sujo? Sem roupa? Ensurdecedor?
No Natal, celebra-se a vida, as sementes. O ano todo anterior perfila-se ali. Como na árvore e nos presépios. E também é real, realidade. Fazemos, porque nunca seja banal, banalidade.
Nisto da vida há sempre tanta coisa diferente, que, como qualquer puzzle, vai sendo construída, tentando melhorar. Tem nessa dificuldade alguma qualidade.
Ontem, hoje e amanhã.
Aqui, ali e por aí.