Desde sempre que o ser humano procura diversas formas de se expressar. Sabe-se que o homem é racional, mas também emocional e que o meio que o rodeia lhe desperta as mais diversas emoções. Sabe-se ainda que a principal origem da criação artística é a imaginação humana. Com efeito, o ser humano procura expressar o que sente e passar essa emoção para as outras pessoas que contemplam a obra de arte produzida.
Por ser uma criação, não tem necessariamente de ser uma imitação da realidade, pelo que é através das experiências e dos sentimentos do próprio artista que o mundo vai evoluindo. Por exemplo, a peça “A Fonte” de Marcel Duchamp, por ser uma obra que contemplava novas formas artísticas, não foi inicialmente aceite, mas rapidamente se tornou um ícone da arte moderna.
Acima de tudo, no processo de criação, é necessário ter em conta a liberdade, a liberdade de expressão, de criação, de opinião, que nem sempre nos foi facilitada. Atualmente, embora existam essas liberdades, a sociedade é dominada por uma classe maioritária que tende a explorar o homem e o seu trabalho. Por consequência, surge uma cultura massificada e homogénea. Tal, leva-nos a pensar se o artista tem, ou não um papel preponderante na criação, ou se apenas se deixa levar pela corrente.
Numa sociedade capitalizada, o que interessa a muitos artistas e criadores é o dinheiro, a honra, a fama, que fazem com que a criação artística e a imaginação humana sejam abafadas pelos hábitos e pelas convenções. Por um lado, a criatividade pode ser impulsionada pela competitividade, o que pode desmoralizar o artista. Por outro lado, este facto não serve de desculpa para a liberdade de criação, de modo que o artista, com vontade e persistência, acaba sempre por encontrar um caminho para a criatividade, nem que seja de uma forma ilegal.
Atualmente, vivemos na era das tecnologias, o que vem alterar os comportamentos e as mentalidades dos artistas e vem mudar a nossa perceção sobre o mundo. As obras, criações dos artistas, projetam-se infinitamente e, através da globalização, conseguem atingir um caráter universal. Resta, contudo, a originalidade, essa que tem de quebrar as barreiras das cópias e das reproduções automáticas, para tornar o mundo mais revolucionário. Exemplo disto é o Google Art Project, projeto online que colabora com museus de distintos países e que permite a qualquer pessoa visitar algumas das maiores galerias de arte do mundo.