Canções extremamente melancólicas e românticas marcam o estilo do cantor britânico que está a fazer sensação em toda a parte. O seu primeiro álbum – “In the Lonely Hour” – vem confirmar isto mesmo, visto englobar, segundo o artista, “tudo sobre amor não correspondido”. A obra, reveladora do descontentamento do cantor por não ter sido amado de volta na altura das composições dos singles, tornou-se um sucesso no mundo inteiro e foi uma das mais vendidas de 2014.
Admitindo que não consegue escrever quando está feliz, o cantor insiste que o novo álbum – “The Thrill of it All” – não é sobre corações partidos. Não obstante, traz à tona um trabalho mais intimista e menos comercial. “Acho que as pessoas vão ouvir as minhas músicas em casa e vão acabar por chorar”, revelou, com orgulho. Aliás, é com o recente tema “Pray” e depois de ter visitado um campo de refugiados no Iraque acompanhado por um grupo humanitário, que o autor decidiu falar da “[sua] relação com as notícias e a política”, deixando um pouco para trás o sofrimento romântico. O que não esquece neste tema é, contudo, a musicalidade, o estilo gospel e intimista e o ritmo quente, que nos deixa com as emoções à flor da pele.
Assumidamente homossexual, namora atualmente com o ator Brandon Flynn, da série “13 Reasons Why”, e declarou ao jornal britânico Daily Star estar “muito feliz”, apesar de considerar “muito importante manter a [sua] vida pessoal privada”. A sua sensibilidade está patente nas suas músicas, que nos falam sobre as dores amorosas do crescimento, que são transversais a todos nós, e que tocam ainda nas temáticas de conciliação da fé e da homossexualidade. Para Sam, escrever sobre outras coisas é algo estranho, porém, desafiador. É uma forma de colocar os seus sentimentos e opiniões em músicas, disse o artista, que se sente, sobretudo, confortável em falar sobre o amor, “porque [ama] as canções de amor”.
Com um poder vocal acima do normal e com músicas contagiantes e repletas de batidas, o cantor vê em Amy Winehouse, George Michael, Lady Gaga, Whitney Houston, Beyoncé, Adele e Fifth Harmony alguma da inspiração para os seus temas. Aos 25 anos e no “Carpool Karaoke”, reconheceu que, em adolescente, faltou a uma aula só para ir assistir a um concerto de Lady Gaga, que tanto admira.
“The Thrill of it All” vendeu mais de 237 mil cópias na semana de lançamento, alcançando o primeiro lugar na Billboard 200. Mais do que deixar-se inspirar, Sam Smith tem inspirado outros cantores, nomeadamente Demi Lovato, que fez um cover do mais recente single do cantor britânico – “Too Good at Goodbyes”.
Prestes a marcar presença em Portugal para dar um concerto em nome próprio, a 18 de maio de 2018, na Altice Arena, em Lisboa, Sam Smith apresenta agora um álbum com 14 faixas recheadas de cordas, romantismo e leveza. Com o seu habitual tom lento e melancólico e fazendo-se acompanhar do piano, Sam Smith oferece as músicas perfeitas para aqueles que estão a superar recentes separações.
Depois de conquistar quatro Grammys, incluindo os galardões das categorias de “Melhor Novo Artista” e “Melhor Álbum Pop”, o trabalho do cantor foi igualmente reconhecido com um Óscar por parte da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, pelo tema “Writing’s on the Wall”, integrado na banda sonora do filme mais recente da saga do agente de espionagem James Bond – “007 Spectre”, de 2015. Apresentando alguns dos discos mais vendidos nos EUA, Sam Smith sonha agora em cantar no casamento do príncipe Harry com Meghan Markle. “Estou obcecado. Quero cantar no casamento. Oh meu Deus, gostava muito, seria um sonho”, confessou ao jornal The Sun.