“Duas cores comovem, três emocionam.” – Henri Matisse
Matisse – a emoção das cores e das sensações
“Duas cores comovem, três emocionam.” – Henri Matisse
Esta citação de Henri Matisse reflete uma profunda compreensão da importância e do poder das cores nas suas obras. Este artista plástico nascido em 1869 em Le Cateau-Cambrésis, França, foi preconizador de várias correntes artísticas: o Fauvismo (com inícios no século XX), Impressionismo, Arte Moderna, Pós-impressionismo, Modernismo e Neoimpressonismo, notabilizou-se sobretudo na corrente impressionista quando acreditava que as suas obras potenciavam a nível emocional, combinações cromáticas que destacavam a capacidade de evocar sentimentos e sensações no público.
Entre outros artistas plásticos, Matisse é talvez um dos artistas mais influentes, em termos de modernismo do século XX, pelas obras que vieram revolucionar a pintura com uma nova abordagem artística que explora a relação entre cores mais vibrantes e contornos fluídos.
Matisse é notável na sua forma de expor sentimentos e sensações quer, em pintura, quer em escultura ou peças em papel, que se traduzem em composições ousadas, mas expressivas, explorando uma tentativa de introspeção do seu eu.
Conheci a obra de Matisse pela primeira vez no Museu Tate Modern em Londres, numa das visitas que fiz a esta icónica cidade, mas foi precisamente no Museu Thyssen-Bornemisza em Madrid que conheci, com maior detalhe, a obra mais completa deste artista plástico que nos estimula a “mergulhar” e a ter uma experiência mais imersiva na sua paixão pela cor, pela luminosidade e pelas formas das figuras.
É precisamente sobre esta experiência de visita à exposição temporária de Matisse no Museu Thyssen-Bornemisza em Madrid, que venho descrever um pouco o que significa conhecer, perceber e interiorizar a obra deste artista plástico.
Nesta exposição, para além de desfrutarmos do ambiente tranquilo e cultural do museu, podemos ainda desfrutar do seu jardim que convida a uma pequena pausa entre visitas culturais para descompressão ou momento a sós de reflexão.
Cada obra de Matisse convida-nos a explorar a sua genialidade na combinação de cores e na mestria técnica muito inovadora para a sua época, de apresentar peças que refletem a sua perceção e vislumbre do mundo com imagens muito revolucionárias.
A mostra artística que esteve patente no Museu Thyssen-Bornemisza e que tive a oportunidade de conhecer e apreciar num tempo de outono por Madrid, contextualiza com maior rigor, a capacidade criativa e o talento deste artista plástico na sua manifestação quase vibrante por pinturas e esculturas que encantam os amantes de arte como eu e também os críticos especializados que não ficam indiferentes à criatividade deste artista plástico.
Ao passar pelas salas da exposição, cada visitante é cativado para este mundo imersivo e inovador das criações de Matisse em que as obras mais famosas como: “A Dança” e as “Poltronas” destacam-se e ganham vida, aos olhos de um público exigente pela originalidade do artista.
A curadoria cuidadosa desta exposição destaca não apenas as obras mais conhecidas de Matisse, tais como: a pintura “Le Canal de Midi” de 1808, o meu quadro favorito há muito tempo, mas também peças menos populares que revelam as diferentes facetas do seu trabalho e movimento artístico.
Como visitante senti que, cada peça pode ser apreciada não só pela beleza visual das obras, mas também pela oportunidade para explorar o “eu” do artista e compreender melhor o processo criativo.
Para os amantes da arte moderna, a exposição de Matisse no Museu Thyssen-Bornemisza é uma experiência única e enriquecedora, pela elegância das formas e profundidade das emoções presentes nas obras e tornam qualquer contacto com o artista plástico, uma marca duradoura e uma memória futura.
Criatividade é um desafio exigente para qualquer criador de arte, mas para Henri Matisse:
“Outra palavra para criatividade é coragem”.
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico