Que política, futebol e religião são três temas polémicos quando entram em roda de conversa, não é novidade. Quando discutido de forma educada e respeitosa, resultam. Mas quando isso desanda, a chance de gerar briga e confusão, é imensa.
Com os grandes alardes atuais, na política por exemplo, nos fazem perceber que muitos nem do assunto percebem e o discutir é o que importa. Levantam bandeiras sem nem saberem ao certo o que estão defendendo. Seguem a manada.
Na religião isso também acontece. Pelo dicionário, o significado exato da palavra religião é “crença na existência superior de um poder sobre-humano, do qual o crente se considera dependente. Conjunto de preceitos, práticas e rituais pelos quais se manifesta essa crença. Culto prestado à divindade. Cada uma das diferentes doutrinas humanas que propõem uma explicação para a origem, ordenação e destino do universo.”
Sim, na teoria esta é a definição.
Na prática, sente-se a força de que não é preciso muito detalhar, ou por rótulos e muitas explicações. E só mesmo o sentir. Para quem acredita, um acolhimento, uma representatividade, um aconchego. Confiança. Fé.
O ateu não crê. E tudo bem. Somos livres. Não sou eu que vou nisso, julgar. Pode ser que um dia, venha a acreditar. Depende do que vem pela frente, do que passa ou sente.
A coisa só se perde, quando esse – o ateu – tenta convencer quem acredita, que nada existe. Isso é extremamente pessoal. É invasivo.
E vice-versa. Não deve ser imposto, obrigatório ou exigido. É de dentro para fora.
Com ou sem fé, é de dentro para fora. Não se impõe. Se vive.
Entre as religiões da Antiguidade que ainda são praticadas até os dias de hoje, o Hinduísmo é a mais antiga. Segundo pesquisas, no mundo contemporâneo, as religiões mais praticadas são o cristianismo, o islamismo, o hinduísmo, o budismo, o sikhismo, o judaísmo, o espiritismo, o bahaísmo, o xintoísmo e o zoroastrismo.
A diversidade religiosa é grande e o respeito precisa existir para que todos possam desenvolver suas crenças sem julgamentos e ataques. Mas no mundo real isso nem sempre acontece. Guerras – declaradas ou não – comprovam isso e não é segredo.
As manifestações religiosas fazem parte da rotina de muitos, seja na forma de vestir, se alimentar, falar ou fazer suas preces. É notório e muitos ainda julgam e apontam os dedos. A espiritualidade é uma parte fundamental da forma como certas pessoas enxergam seus propósitos de vida e motivações, o que possui impacto direto na vida de forma geral, seja no trabalho, estudos e socialmente.
A intolerância religiosa traz conflitos que poderiam ser evitados se o respeito na humanidade fosse prioridade. O eterno costume de palpitar a vida alheia faz com que, literalmente, a falta do respeito de como o outro vê a vida, quais pensamentos quer seguir e o que acredita ou defende, criem eternos conflitos desnecessários se cada um mantivesse o dom de cuidar da própria vida.
Seja ele acreditando em Deus ou não.
Seja cultuando Santos, Imagens, princípios e hábitos. Defendendo no que crê.
Não é direito nosso se intrometer, dizer se errado ou certo está.
Não somos ninguém para desmerecer a fé e os costumes de alguém. Que nos limitemos a cuidar de nossa própria vida, fazer dentro do possível o bem, não fazer mal e tentar evoluir nesse mundo que por vezes segue confuso, intriguista, desrespeitado e rotulador.
Mas, mais amor, por favor!
Nota: Esse texto foi escrito seguindo as regras de português do Brasil.