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Como é que podemos falar com pessoas de quem não gostamos?

Quando conhecemos alguém, existe todo um processo de sedução. E nem todos os processos de sedução são bem-sucedidos. Se no campo afetivo e pessoal podemos escolher, a maioria das vezes, com quem partilhamos o nosso espaço e tempo, a nível profissional nem sempre é possível. Temos que lidar com todos, temos que criar ou fazer parte de estruturas que nos desagradam e com as quais não nos identificamos.

Existem aquelas pessoas com quem logo no primeiro contato sentimos uma empatia imediata, seja porque temos semelhanças visuais, porque abordamos temas na mesma perspetiva ou porque existe um “je ne se quois” que nos envolve. E existem aquelas pessoas com quem não conseguimos conversar, conviver harmoniosamente ou sequer temos vontade de trocar um “bom dia”.

Os animais interagem pelo toque, pelos olhos nos olhos, pelo nível de ameaça. Os humanos não são muito diferentes.

Os humanos movem-se por motivações e ambições diferentes e, por isso, precisam de combustíveis e inputs diferentes. A psicologia tem várias abordagens ao ser humano e de como este se posiciona perante os assuntos, como age e como reage. Para o autoconhecimento, existem ferramentas como o eneagrama, com raízes em modelos do século IV em Alexandria. Esta ferramenta distingue 9 personalidades tipo. Para o conhecimento e interação com os outros, existe, entre outras ferramentas, a metodologia DISC. A metodologia DISC distingue 4 grupos. Estas ferramentas, ou outras equivalentes, ensinam-nos a abrir caminhos na comunicação e interação com o outro.

Para lidar com outras pessoas, é importante termos consciência de nós, das nossas fraquezas e forças, e conhecermos o nosso comportamento na interação com o outro. Imaginem que carregamos 2 mochilas, uma com as virtudes, virada para a frente, a outra, com os defeitos, às costas. E experienciamos o Mundo em fila, em que cada um só vê a próprio mochila das virtudes e a mochila dos defeitos de quem está à frente. Este posicionamento faz com que seja difícil ter o discernimento claro, de aceitarmos que o nosso interlocutor não se posiciona na vida, pessoal e profissional, como nós.

Para lidar com os outros, devemos estar disponíveis a:

  • despirmo-nos de certezas
  • não personalizar
  • colocarmo-nos na posição do interlocutor, e tentar ver o assunto pelo seu prisma.
  • assumir que o interlocutor sabe mais; esta assunção obriga-nos a prepararmo-nos mais e melhor, a ouvir a perspetiva do outro. É uma aprendizagem voluntária e involuntária.
  • ser educado, gentil e tolerante e respeitar o espaço do outro.
  • em situações limite, pelo desgaste que a relação já tomou, podemos sempre imaginar o interlocutor em situações mais ridículas (como vestidos com tutu cor-de-rosa a dançar no meio da sala). O recurso à imaginação, ajuda o nosso cérebro a desfocar, criando uma janela à retoma do diálogo.

Não existem fórmulas, nem atitudes únicas. Somos todos diferentes. Devemos aceitar-nos e aceitar os nossos interlocutores. Não temos que ser amigos de toda a gente, mas ser cordial e procurar o caminho do diálogo ajuda a posicionar-nos quer no campo pessoal quer no campo profissional. E um sorriso é meio caminho para começar um diálogo.

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