Provar, mexer e reservar.

Ele há coisas que são como a comida. Não é para comer logo depois de cozinhar. Há que reservar. Que a espontaneidade é uma qualidade que muitos dizem apreciar, ainda que não espontâneos e na maioria das vezes não a apreciem. Porém, a ponderação também é importante, senão mais. Ambas têm o seu lugar.

Ora, chegou Maio e o que se me apresenta com tema é Fátima. Mais ou menos. Não voltou a aparecer ninguém em cima da oliveira, quanto muito ia lá parar um contentor espacial russo, desgovernado. Diz que chega hoje a parte incerta…

Escrevo sobre Fátima a pretexto da visita do Papa ao Santuário, daqui a dois anos, pela comemoração do centésimo aniversário das Aparições. Ora, tivesse eu, ateu de primeira, escrito sobre o Papa há uns meses e teria veiculado uma neutra consideração sobre a sua pessoa. Nem mal, nem bem, muito pelo contrário.

O facto é que o mundo precisa de um Papa que condene a discriminação e violência contra as mulheres, a não inclusão como iguais das famílias e indivíduos homossexuais na Igreja, os genocídios e mortes, devido a migração das populações. Felizmente, este Papa é muito menos conservador e retrogrado que os seus antecessores e que a maioria dos católicos e ateus. Papas assim serão certamente ainda mais bem vindos, a Fátima ou a qualquer lado, por todos.

PAPA1

 

Share this article
Shareable URL
Prev Post

Uma viagem pelo mundo de Scott Matthew

Next Post

Dia de reflexão

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Read next

Relembrar Carlos Paião

O nosso coração bate, bate mais forte a ouvir Carlos Paião, uma das maiores estrelas musicais que Portugal já…

O menino

Era o dia de ficar com ele. Gostava mesmo do menino, sentia-o como seu. Não o tinha gerado, não sabia o que se…