A criatividade vive em nós e multiplica-se sempre que a espicaçamos. Não está estagnada, precisa de crescer e deixar-se levar por tudo o que temos ao nosso redor para se projetar e expandir. Por muita que se tenha, teremos sempre mais quando procuramos inspiração na natureza ou na arte.
A arte é uma fonte inesgotável de inspiração para a criatividade. As ideias dos outros, a forma como pintam, escrevem ou constroem determinadas obras abrem-nos a mente para possibilidades concretas que irão despertar a nossa imaginação. Nada disto é novo, todos nós sabemos que isto acontece.
As pessoas com maior sensibilidade ou tendências artísticas mais vincadas poderão comprovar. A aprendizagem pela partilha é uma dádiva que a arte nos dá e que os artistas altruisticamente oferecem à humanidade e são uma fonte inesgotável de inspiração!
O processo de criação precisa de absorver inspiração de diversas fontes para crescer e desenvolver novas formas. A liberdade criativa carece de emersão e total dedicação, tal como o desenvolvimento de uma criança na barriga da mãe, cada etapa acrescenta um novo desenvolvimento ao ser que há-de vir, assim também se processa com a criatividade.
Não é à toa que os grandes movimentos artísticos surgiram da interação entre diversos artistas, dos mais variados campos, que comungando do mesmo amor pela arte se juntaram para debater e definir tendências. É nesta saudável partilha entre eles que nascem grandes obras e se definem importantes trajetórias artísticas.
Basta relembrar o movimento surrealista, que foi um movimento artístico e literário nascido em Paris na década de 1920, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais e que reuniu artistas anteriormente ligados ao dadaísmo e outras correntes conquistando dimensão mundial.
A arte é o impulso que o mundo precisa e todos nós, para alargarmos horizontes e expandirmos a nossa criatividade. Mesmo que não tenhamos tendência para trabalhar com arte ou produção artística, a arte ajuda o cérebro a analisar novas possibilidades para explorarmos a nossa sensibilidade e compreensão do mundo. Precisamos da arte para alcançarmos a profundidade da alma e valorizarmos a vida.
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