Um dia destes apanhei um filme a meio e achei tanta piada que decidi vê-lo desde o início. Chama-se o «Jogo da Apanhada», «Tag» no original, e é baseado numa história real, o que o torna ainda mais apetecível. Não é novo, mas nunca o tinha visto.
O elenco tem atores como Jeremy Renner, Jon Hamm, Ed Helms, Annabelle Wallis, Isla Fisher ou Jake Johnson.
Uma comédia, em que um grupo de amigos de infância decide continuar a jogar à apanhada, mesmo na idade adulta, como forma de nunca perderem o contacto uns com os outros e de ludibriar o passar dos anos.
O lema é: “não paramos de brincar porque envelhecemos, envelhecemos porque paramos de brincar”. Assim, decidiram que o fariam para sempre.
No filme, o alvo é um dos membros, o ator Jeremy Rener, que nunca tinha sido apanhado e que, há vários anos, gozava com todos. Com ideias e escapatórias mirabolantes consegue manter a sua posição privilegiada até o grupo se unir e o tentarem apanhar no próprio casamento.
O jogo começou quando eram colegas na escola, em que se apanhavam uns aos outros batendo com a mão no ombro, à entrada ou saída das salas de aula, nos corredores, e dizendo «Estás tu!». O último a ser tocado ficava até ao dia seguinte, quando tudo recomeçava.
Quando foram para a faculdade separaram-se, depois arranjaram emprego e começaram as suas famílias.
Oito anos mais tarde, alguns membros encontraram-se num bar e ao recordarem os velhos tempos decidiram retomar o jogo da apanhada. Um deles, escreveu um regulamento que definia os princípios e as regras básicas. Atualmente, estão já na casa dos cinquenta, e mais, mas continuam com a brincadeira.
«Na vida real, este grupo de amigos já fez coisas loucas para que outra pessoa fosse apanhada. Os jogadores já entraram em quartos a meio da noite para apanharem outros, meteram perucas e disfarçaram-se de outras pessoas, e até fizeram viagens de avião de propósito para jogarem à apanhada. Um dos membros do grupo, Patrick Schultheis, foi até apanhado no funeral do seu pai.»
É muito giro ver as imagens reais dos verdadeiros protagonistas, no final do filme.
Conclusão: não é a idade que conta! Claro que atualmente já não correm como corriam nem se metem em certos apertos, mas arranjaram novos estratagemas para que a brincadeira não pare, perpetuando o contacto, a união e a amizade, mantendo as famílias envolvidas num conluio saudável.
Portanto, todos nós podemos (e devíamos) manter certas atividades e brincadeiras que permitam à nossa criança interior quebrar a seriedade e as responsabilidades do adulto que somos.
Tornar a vida mais leve é uma opção de cada um.
Nota: Artigo escrito segundo o novo Acordo Ortográfico