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Para sermos nós teremos que cortar com a fonte?

A família é a base de qualquer pessoa, mas nem sempre a família compreende quem somos e nos aceita. Quando desistimos da família, o que resta de nós? Quem somos sem aqueles que são do nosso sangue!? o que nos faz termos de cortar com a nossa família?

O que me proponho esclarecer é como o Ser Humano é sem família, porque grande percentagem do que somos não é família de sangue, genética.

E ainda que sem darmos conta do nosso Eu já somos muitos mundos diversos que fomos criando, influenciam em quem somos ou onde fomos incluídos: nas artes, na cultura, na arquitetura, nos desportos, nos jogos, nos sonhos, nas ideias, nas paisagens, nas escritas, nos sons, nas músicas, nos concertos, no vestuário, nas diversidades, nas invenções, nas brincadeiras, nos ensinos e nos corpos diferentes, etecetera! O Amor é que rege a sociedade.

Sempre houve amor homossexual, mais escondido ou mais legal, consoante as sociedades foi uma coisa mais ou menos natural: a atração entre homens e/ou entre mulheres. E prevê-se que vai se tornando mais natural.

Temos todos duas (pai e mãe) famílias de sangue, mas vamo-nos afastando delas e criando outras formas de ser diversas. De facto, grande parte do que somos não é família de sangue, nem hereditária, nem genética.

Logo que nascemos, há um contributo enorme que influencia quem somos, de pessoal que trabalha no setor da saúde, nas maternidades: auxiliares, enfermeiras, médicas e parteiras; tudo influencia quem somos, mais e/ou menos, somos muito o mundo, os espaços e tempos em que nos movemos. Pouco seremos da família, no dia a dia, e muitas coisas diferentes seremos.

A sociedade criou imensos grupos e formas de sermos família social.

Desde pequenos até idosos: jardins de infância, creches, infantários, escolas primárias, preparatórias, secundárias, universidades, até aos lares de idosos e universidades seniores.

Criou-se programas internacionais de intercâmbio entre estudantes (Erasmus de Roterdão), Leonardo da Vinci (formações profissionais), SVE – Serviço Voluntário Europeu (voluntariados): tornámos o mundo mais pequeno.

A comunicação tornou-se primordial, quem não sabe escrever e comunicar em pelo menos duas línguas diferentes (o inglês, hoje em dia, tornou-se quase como o esperanto) está algo excluído.

Depois, existem associações de campos de férias (como exemplo que aconselho a quem procurar um espaço onde crescer:  laicos – MOCAMFE e católicos – CAMTIL, nunca experimentei os últimos); associações de tempos livres (ATL’s) e escu(o)teiros (AEP – laicos e CNE – católicos); a Igreja, em Portugal, teve um grande papel na família comunitária religiosa e na ligação entre pessoas com a Juventude Estudantil Católica – JEC, hoje, MCE – Movimento Católico Estudantes, Juventude Universitária Católica – JUC,  e Juventude Operária Católica – JOC, por exemplo. Portugal é um país bem tradicional onde a igreja católica tem grande peso.

E clubes culturais e desportivos de bairro ou localidades são agregadores.

Se a família de sangue é, cada vez menos, essencial, a sociedade encontrou novas formas de continuar a existir e ser pessoa.

Somos muito os outros e, quase sem darmos por isso, vamos criando proximidades com quem passamos mais tempo, vamo-nos identificando com os nossos pares (amigos, colegas da escola, dos desportos, vizinhos), parecendo com eles, propagando as mesmas ideias, vontades e culturas; criando culturas de grupo. Haver muita comunicação à distância (telefones, telemóveis, internet) cria uma ambivalência entre carência de proximidade e substituição do longe comunicado pelo perto e próximo.

À medida que crescemos na vida ganhamos em experiência e perdemos em mobilidade e criando rigidez e inflexibilidade, mas não é só a idade que nos pode trazer experiência.

A mudança de local de trabalho, de local de férias; mudar ou ficar no mesmo país, cidade, espaço e tempo: clima e paisagem; cores, sons, sabores, tudo é experiência, ver bons filmes, ler bons livros é um jogo que todos aprendemos a usufruir ora com mais ou menos sabor.

A capacidade de mudar, a flexibilidade, a impermanência, a variabilidade aumentam. Mudança rápida de estados de espírito, o desequilíbrio, a flutuação, a fragilidade, a inconstância, a instabilidade, a vicissitude, a volubilidade é enorme em jovem.  Concluo, que da minha experiência revivida a espaços, ao escrever-vos, há dias e alturas em que a vida é fascinante e se não a sentes como desafio é porque não a estás a viver como deve ser, uma frase que se tornou recorrente e absorvente:

A vida é um privilégio e não um direito.

A minha conclusão é que se é preciso geração/criação de um ser na família, é importante essa libertação e autonomia dela.

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