em 10 anos, qual o futuro das nossas crianças

O futuro das nossas crianças

Quais são as principais características que as nossas crianças de hoje têm de estar preparadas para enfrentar a sociedade daqui a 10 anos?

Preocupamo-nos demais com o futuro das nossas crianças e de menos com o seu presente – esta é a minha opinião, que vos passo a explicar.

Ora, vejamos: muita da nossa preocupação com os nossos filhos passa pela capacidade de eles se integrarem na sociedade, saberem distinguir o bom do mau, terem um bom desempenho académico de forma a terem um bom futuro profissional, conseguirem ter um bom companheiro a seu lado e serem capazes de educar os nossos netos.

Bem, como ponto de partida e de forma sucinta, está delineado o que nós, Pais, queremos. A nossa preocupação é a médio e longo prazo… e o hoje?

Nós, os Pais, queremos adultos independentes, mas criamos jovens totalmente dependentes. Queremos adultos seguros e confiantes, mas estimulamos insegurança e a falta de confiança nos jovens. Queremos bons profissionais, mas exigimos aos nossos jovens um curso universitário. Queremos adultos com relacionamentos equilibrados, mas esquecemo-nos de dar o exemplo aos nossos jovens.

O daqui a 10 anos constrói-se hoje! Não há casa que aguente o telhado, se não tiver umas boas fundações.

A nossa sociedade tem-se vindo a tornar cada vez mais fechada, em que cada vez mais o individuo é motivado a isolar-se. Se nada for feito no agora, daqui a 10 anos será bem pior, e capacidades que hoje são de grande forma enaltecidas acabarão por cair no esquecimento.

Como já referi num artigo anterior, deveremos hoje criar crianças e jovens com capacidade crítica, resilientes e com um espírito empreendedor e transformador.

Estimulemos no Presente a imaginação, para daqui a 10 anos termos adultos criativos. Estimulemos hoje a capacidade crítica e argumentativa, se queremos ter daqui a 10 anos adultos que se tornem bons políticos, gestores e professores.

Eis as características que acredito serem mais importantes a estimular nas nossas crianças, de forma a que, daqui a 10 anos, elas possam ser jovens/adultos perfeitamente inseridos em qualquer sociedade:

CURIOSIDADE Estimular a vontade da criança em descobrir coisas novas e aprender
SOCIABILIZAÇÃO Estimular sempre a capacidade de ouvir diversos pontos de vista, e interagir com diversas pessoas e saber respeitar as suas diferenças
RESILIÊNCIA Desenvolver uma competência que permita à criança/adulto ter força de vontade para superar desafios, e caso não os supere ter competências para aprender (relembremos uma citação que ilustra bem o que é resiliência: se vencer ganho se perder aprendo)
INTEGRIDADE Esta competência é adquirida desde muito jovem, bem dentro do seio familiar, onde se desenvolve o carácter e os valores morais. Podemos sempre evoluir aprendendo com bons modelos (quer profissionais quer pessoais)
CRIATIVIDADE Entender a criatividade da criança, deixá-la experimentar diversas opções e seguir com a que mais se adeque a ela – o ser inovador manifesta-se de forma muito diferente de pessoa para pessoa. Permitam à criança liberdade para encontrar a sua criatividade.
EMPATIA Estimule-se na criança a capacidade de se colocar no lugar do outro, de forma a tentar entender a reação gerada pela ação. A empatia é um elemento base na construção da cidadania.
AUTO-CONHECIMENTO É muito importante sermos capazes de olhar dentro de nós! Descobrir o que de facto gostamos ou não, o que queremos, o que nos motiva, o que nos assusta, etc

Temos de ser capazes de investir mais no «eu», na pessoa, de forma a podermos criar laços sociais que mantenham a estrutura da sociedade vindoura com uma sólida base de sustentação.

Daqui a 10 anos… gostava de ver pessoas mais felizes e realizadas!

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