De todos os musicais existentes no mundo, escolhi este para minha paixão.
O primeiro contato que tive com este musical, foi através do filme de 2004, com direção de Joel Schumacher, tendo como o Fantasma com Gerard Butler, como Christine a bela Emmy Rossum e como Raoul o Patrick Wilson.
Desde então o meu fascínio pelo Fantasma da Ópera só vem a crescer.
Tive a oportunidade de em 2021 assistir a esta maravilhosa obra de arte na Broadway, em Nova Iorque, que teve a sua estreia no ano de 1988 e a sua última exibição foi em abril de 2023.
Foi o musical mais visto de sempre na Broadway. Foi assistido por mais de 100 milhões de pessoas, e também a produção com mais sucesso que alguma vez existiu. Rendendo a módica quantia de 5 bilhões de dólares.
Este ano, a 26 de outubro, como é óbvio que fui até Lisboa, ao Campo Pequeno para ver mais uma vez.
É uma obra que não nos cansa. Em cada atuação, tudo é diferente (à exceção da história e de todo o guião). Por este motivo acredito que quando voltar a Londres, certamente irei assistir à peça, que se encontra em exibição no His Majesty’s Theatre, desde o dia 9 de outubro de 1986.
Mas para “justificar” do porque é que digo que é um musical tão maravilhoso, vou vos dar alguns detalhes.
Mas antes aquele aviso do costume!
*PODE CONTER MUITOS SPOILERS*
O Fantasma da Ópera, de seu nome original Le Fantôme de l’Opéra, é um romance francês de ficção gótica, escrito por Gaston Leroux.
A sua primeira publicação foi em 23 de setembro de 1909.
Tem um pouco de inspiração em factos históricos da Ópera de Paris, durante o século XIX e num conto, não reconhecido, que refere a utilização um esqueleto de um músico famoso.
Conta-nos a história de Erik (sim, o “Fantasma” tem nome), uma pessoa com o rosto deformado, que por esse motivo vive nos calabouços do teatro, afastado da sociedade por medo. Tem uma enorme paixão por Christine Daaé.
Christine, é apenas uma dançarina do teatro, que após uma noite de medo da protagonista, que acaba por desistir de cantar, tem a oportunidade de triunfar como cantora principal.
Durante todos os anos que vive no teatro, Erik tem-lhe dado aulas de canto através das sombras.
A noite da sua estreia é um enorme sucesso. E quem está presente a assistir é Raoul, o novo dono do teatro, que por sua vez é um grande amor de infância de Christine.
No final da noite Raoul vai ter com Christine e a chama do amor reacende.
Quem não acha piada nenhuma é Erik. Digamos que é um pouco ciumento. Então acaba por raptar a donzela. Levando-a para os calabouços, debaixo do teatro com a esperança que ela se apaixone por ele. A certa altura Christine arranca-lhe a máscara e vê aquele rosto desfigurado. Após este momento constrangedor, o Fantasma ordena à moça para que ela volte para cima e que nunca fale do que viu.
Com o passar do tempo o Fantasma faz algumas exigências aos trabalhadores do teatro, que se não obedecerem haverá consequências. E é que há mesmo.
Uma das instruções é ter sempre o camarote número 5 vago e exclusivo para ele.
Pode-se dizer que neste, estranho, triângulo amoroso, o Erik é a pessoa tóxica.
Raoul e Christine fazem juras de amor. Até que o Fantasma fica a saber da intenção de Raoul levar a sua amada para longe dele e…
Não vou adiantar muito mais na história, para não estragar a peça, que aconselho mesmo a assistirem, seja ao vivo, seja através do filme ou a lerem o livro.
Tem um reportório de músicas lindíssimas. De ambas as vezes que tive o prazer de assistir ao vivo, o final foi aplaudido de pé e com as lágrimas a escorrerem-me pelo rosto.
Da segunda vez consegui convencer o meu filho, um adolescente de 14 anos, a ir comigo e fiquei tão feliz quando ele me diz que adorou.
Tivemos até um, maravilhoso, debate de quem era da equipa de quem.
Deixo-vos com o trailer do filme que espero que assistam e quando o fizerem que nos digam se são da equipa Fantasma ou da equipa Raoul?
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico.