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Generosidade vs Empatia

As formas maiores de se expressar amor ou até gratidão, estão impregnadas pela generosidade ou simplesmente pela empatia. Não se excluem uma à outra mas podem não estar alinhadas na mesma equação ou na forma como as manifestamos. Podemos ser generosos sem necessariamente demonstrar empatia e podemos ser empáticos e não generosos.

Ao ritmo a que vivemos temos tendência para associar, tanto a empatia como a generosidade a algo material. Temos uma necessidade quase natural de procurar materializar tudo para que faça sentido. Se não se vê é como se não existisse, logo se não demonstro generosidade é porque não estou a sê-lo e se não manifesto a minha empatia é porque não a tenho. Não excluindo os fatores inerentes à personalidade de cada um, que condicionam o nosso comportamento, a forma como manifestamos a nossa generosidade e empatia, só a nós nos diz respeito.

A generosidade, entendo-a como a expressão da dádiva, o que ajuda ou faz algo que minimiza uma determinada situação, pressupõe uma ação. Já a empatia é um estado interior que não tem necessariamente de se manifestar, é um processo mais que se manifesta para quem a sente como uma ligação com o outro ou com um determinado acontecimento. Nem sempre podemos ser generosos (por estarmos longe ou fora do nosso alcance) mas podemos quase sempre ser empáticos, sentir admiração ou até tristeza por alguém ou alguma coisa.

Num ou noutro caso, seja pelo apelo da generosidade seja pela invocação da empatia o importante é não acharmos que o outro é o outro, e que apenas ele poderá ter de viver aquele acontecimento ou situação. O outro também podemos ser nós. A forma como nos posicionamos demonstra o que estamos dispostos a fazer e de maneira óbvia, o que gostaríamos que um dia os outros fizessem por nós. Ainda que esta ideia possa gerar controvérsia, e os mais altruístas digam: “nem pensar, faz-se o bem pelo bem” o ser humano é o ser humano.

Como seres individuais que somos, expressamo-nos todos de formas diferentes. No final, o mais importante é agirmos em conformidade com aquilo que acreditamos e sentimos ser o correto. Seja da forma que for e quer se manifeste para todos ou seja apenas um processo interior, o sentirmo-nos bem com a nossa decisão é o maior importante. Antes de sermos generosos com o mundo ou empáticos, devemos sê-lo connosco.

Foto de destaque: Kelly Sikkema na Unsplash

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