Copenhaga, a cidade dos contos de fadas

Viajar rima com sonhar – o início de um sonho começa sempre com um pedido de um desejo. Há que traçar um percurso para tornar um sonho realidade, mas com espaço para o improviso porque nunca se sabe as surpresas que a vida poderá colocar no nosso caminho.

Decidi que a visita a Copenhaga começaria no ponto mais emblemático da cidade e da minha infância: a Pequena Sereia.

Pés a caminho da estátua abrandaram, quando os olhos avistaram uma pequena igreja. Ali estava o local perfeito para cumprir uma tradição pessoal de qualquer viagem: parar numa igreja para acender uma vela.

Uma simpática senhora proporcionou uma receção particular ao entregar um postal com uma imagem do interior da igreja e apresentar uma caixa com papéis coloridos recortados em várias formas para retirar um. Na visita deveria observar com atenção para identificar a parte da igreja que correspondia à imagem do postal. No papel colorido (escolhi uma estrela azul) escreveria uma prece para deixar pendurada numa árvore – uma árvore que mentalmente designei como a árvore dos desejos.

É verdade que a Pequena Sereia faz jus ao seu adjetivo, mas no conto de Hans Christian Anderson esta personagem fez uma aposta enorme num desejo que nasceu no seu coração.  

Passei de um conto de fadas para a história de Copenhaga pela voz de um guia num passeio de barco pelos canais, que começou e terminou no postal ilustrado que é o canal Nyhavn.

O tradicional render da guarda, às 12H00 em ponto, junto ao Palácio Amalienborg, casa oficial da família real dinamarquesa, transportou-me para o conto do Soldadinho de Chumbo.

Desse palácio marchei para o Castelo de Rosenborg em busca de uma bailarina. Encontrei objetos e artefactos pertencentes aos membros da família real e joias da coroa dinamarquesa. Quantas histórias de amor terão selado algumas daquelas peças?

A caminho do Parque Tivoli parei num dos espaços verdes que existem na capital da Dinamarca. Num regresso à infância partilhei umas migalhas da minha sandes com patos que nadavam num lago. Qual a possibilidade de um deles se tornar num cisne?

Uma questão pertinente que poderá ser colocada ao autor do conto “O Patinho Feio” enquanto tiramos uma fotografia no colo da estátua de Hans Christian Andersen.

O Parque Tivoli não é simplesmente um parque de diversões: é um lugar de emoções fortes, entretenimento para miúdos e graúdos, boa comida e um ambiente de contos de fadas.

Como dizia Hans Christian Andersen, “a vida por si só é o mais maravilhoso dos contos de fadas.”

E eu pude comprová-lo quando o desejo de uma viagem de sonho que deixei escrito numa estrela numa igreja se tornou realidade.

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