A música brasileira tem um encanto especial, não só pela qualidade reconhecida mas pela originalidade. É um balsamo para a humanidade que exista! É extremamente criativa e brinda-nos com novos artistas e sonoridades regularmente.
É na categoria de originalidade, excentricidade e encanto que se encontra o Filipe Catto. Num primeiro vislumbre, e sem querer fazer comparações, remeteu-me para o Ney Mato Grosso pela forma camaleónica como se apresenta e até pelas semelhanças no timbre feminino da voz, mas o Catto tem um espaço próprio que tem vindo a conquistar ano após anos. Sim, porque a sua carreira já é longa.
Foi no álbum “Catto” de 2008 que me deixei encantar pela sua música, depois disso fui ficando atenta ao que ia fazendo até que em 2011 no álbum “Fôlego“, a música “Adoração” arrebatou-me por completo! Confesso que é a minha favorita mas é difícil escolher uma, são todas muito boas!
“Eu adoraria, eu adoraria
Saber o percurso da tua boca à minha
Eu adoraria, eu adoraria
Ter de noite e de dia
Ter de noite e de dia
Me perder na linha
E me encontrar no fundo dos seus olhos” (…)
A nova geração de artistas no Brasil tem um potencial imenso, o Filipe Catto não é exceção. Contudo com a crise económica e social que o Brasil tem enfrentado, têm vivido situações complicadas que não só comprometem e põem em risco as suas vidas como limitam a criação artística, infelizmente a pandemia veio agudizar o que já estava mau.
Felizmente o Brasil é imenso não só em tamanho como em potencial! Mais cedo ou mais tarde irá dar a volta, enquanto isso não acontece, muita música boa começa a surgir com vozes e sangue novo para nos alegrar os dias.
Para conhecerem melhor o Filipe Catto podem ouvi-lo no Spotify ou aqui:
Entrevista no Jornal i (Março 2017): https://ionline.sapo.pt/artigo/551656/filipe-catto-sempre-fui-um-ponto-fora-da-curva-?seccao=Mais_i