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Fala-me de Tom Hanks

Sentados na mesa do café, ou após uma sessão de cinema, trocar impressões e opiniões sobre atores e filmes é algo que flui naturalmente, contudo, repetir o exercício por escrito revela-se bastante mais árduo, sobretudo, quando queremos escrever sobre Thomas Jeffrey Hanks, ou melhor, Tom Hanks.

A informação disponível sobre Tom Hanks é muito escassa. Para além da cronologia dos seus feitos cinemáticos como ator e produtor e dos inúmeros prémios ganhos uma pesquisa online pouco mais revela. Não é conhecida nenhuma biografia escrita que aborde de forma mais completa e numa vertente mais pessoal o percurso do ator.

Sabe-se que para além do percurso relacionado com o cinema, Tom publicou em 2017 o livro de contos “Uncomon Type”, revelando a sua vertente como escritor.

Dos filmes em que participou até hoje, mais de 50, destaco: “Philadelphia”, “Sleepless in Seattle”, “Forrest Gump”, “You’ve Got Mail”, “Cast Away”, “The Terminal”, “Extremely Loud and Incredibly Close” e, mais recentemente, “The Post”.  O percurso de Tom como ator de cinema regista “He Knows You’re Alone”, em 1980, como o seu primeiro filme. Tom tinha 24 anos e até aí tinha trabalhado no teatro.

Nesta deambulação pela vida de Tom Hanks, revi 2 filmes: “Forrest Gump” e “The Terminal”. O primeiro estreou há 25 anos e o segundo há 15. Vi e revi estes filmes várias vezes, como adolescente e como adulta, por escolha e por acaso, e de todas as vezes emocionei-me ao ponto de chorar. Nestes 2 filmes, Tom interpreta personagens irrepetíveis e intemporais.  Cada uma destas personagens tem um poder individual e uma linha de vida que se sobrepõem à história do filme e cada uma delas poderia existir em qualquer contexto, mas este poder existe pela imagem, trejeitos, expressão e integridade que Tom lhes deu. Existe uma apropriação intrínseca da figura às personagens. É impossível dissociar as personagens da sua imagem.

Tom já interpretou muitas, diversas e distintas personagens. Desde o romântico melhor amigo, o namorado perfeito, o jovem diferente, o náufrago, o estrangeiro perdido no aeroporto, o astronauta, até ao jornalista ávido. Em todos, Tom entrega-se com sangue, suor e lágrimas.

Dos filmes e por consequência dos atores, expeto que me envolvam e cativem o suficiente para ausentar-me de mim e embarcar nas histórias que contam enquanto as contam.

Tom Hanks tem a envolvência, o carisma e capacidade de cativar, apoderando-se das personagens que interpreta e da tela. Talvez a sua ascendência latina por parte materna contribua para esta conquista e proximidade que Tom transmite.

Mais que “preencher os cenários”, Tom cria a ambiência necessária para nos raptar e fazer-nos reféns das histórias que conta, enquanto as conta, e muitas vezes mesmo depois do filme ter terminado. Ser ator é somar estas caraterísticas, mais do que contar histórias, é tornar-se a própria história.

E se a vida é como uma caixa de chocolates, em que nunca sabemos o que nos calha, de Tom Hanks virá sempre uma boa surpresa, mesmo que não seja o nosso filme favorito.

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