Sem me alongar muito, numa breve reflexão de enquadramento resultado de uma rápida consulta à informação publicamente disponibilizada online, percebemos que o nosso sistema de ensino superior, tem vindo ao longo da sua existência a ser alvo de várias e contínuas reformas, que procuraram, quero acreditar, refletir uma estratégia de modernização deste ensino, não apenas em Portugal, mas por toda a Europa e mundo.
Esta adaptação sempre necessária, promove naturalmente a economia e a sociedade que dependem na sua génese da evolução do conhecimento e da investigação, nas mais variadas áreas de atividade e intervenção da nossa comunidade.
De relembrar que uma série de medidas foram introduzidas ao longo dos últimos anos, desde a realização do processo de Bolonha, cujo grande objetivo proposto e que se concretizou com sucesso, resultou numa ampla divulgação do acesso ao Ensino Superior, não apenas para Portugal, mas para o Mundo, abrindo-se um universo de novos públicos, para o ensino superior português, que garantiram a regular avaliação da qualidade, da modernização e fundamentalmente, a internacionalizando do Ensino Superior português.
Em suma, o ensino superior é dividido em três grandes ciclos de estudo – Licenciatura, Mestrado e Doutoramento. O ensino superior tem o subsistema universitário e o subsistema politécnico. Dar nota que apenas que, o terceiro ciclo – doutoramento é feito por via do subsistema universitário.
São muitas as instituições públicas e privadas de ensino superior, que compreende universidades, institutos politécnicos e instituições de ensino superior militar e policial. Depois há ainda os centros de investigação e todo um mundo de I&D parceiros do universo empresarial.
Está verdadeiramente o Ensino Superior a preparar os alunos para o mundo real, ou vive no seu próprio mundo, de estudo e investigação?
Cada vez mais os universos académicos são parceiros das empresas e das realidades socias e económicas do país. São chamados a intervir sempre que necessário na resposta aos desafios que à sociedade se colocam, com respostas em tempo real, que permitem ter no universo académico a efetividade de um par na gestão das empresas, dos negócios e da atividade económica do país.
As universidades estão a dar respostas cada vez mais pertinentes e interessantes aos novos desafios que o mundo atual apresenta, são o elo que estabelece a relação entre a teoria e a prática, entre o que se aprende na academia e depois a realidade que cada estudante vai encontrar no mundo empresarial em que se irá inserir.
O que é necessário alterar neste sistema? Acredito que nunca será demais lembrar que não deverá existir, em meu entender, superioridade de uma realidade em relação a outra, falo da academia e das empresas, ambas precisam uma da outra.
A academia precisa que as empresas sejam dinâmicas, evoluam e se reinventem em termos de capacidade e atividade. E por outro lado o universo empresarial carece dos estudos e das investigações que afincadamente a academia produz para a sociedade e para o mundo em geral.
São duas forças que devem trabalhar em conjunto, e creio que cada vez mais esta é uma realidade nos dias de hoje, importante dissipar diferenças e acentuar pontos comuns, que signifiquem mais-valia para ambas as realidades.