Nestes tempos de confinamento, tenho seguido com atenção a introdução das aulas virtuais no ensino, em alternativa às aulas presenciais. Nunca como agora o recurso aos meios digitais foi tão necessário para garantir alguma “normalidade” ao nosso quotidiano e a escola não é excepção.
Tenho de confessar que no início fiquei um pouco relutante com essa mudança. Desconhecia por completo o conteúdo dessas plataformas e se o mesmo iria trazer benefícios para os alunos ou confundi-los ainda mais sobre o modo diferenciado como as aulas iam ser ministradas.
Algumas dúvidas que pairavam na minha cabeça formularam algumas questões que considerei pertinentes: Será que todos os alunos iriam ter acesso às aulas? Ou só aqueles que têm acesso à Internet? Os conteúdos que faltavam abordar durante o 3º Período teriam tempo de ser trabalhados? Para os docentes que não tivessem uma preparação adequada para o ensino à distância, haveria tempo para efectuar formação em conformidade com o que seria exigido? Iria existir alguma plataforma que tirasse as dúvidas a docentes, alunos e pais?
Devido ao facto de ter um sobrinho a frequentar o ensino básico, fui-me inteirando ainda mais sobre este assunto. Posso afirmar que encontrei resposta para as minhas dúvidas.
Com a adaptação da antiga telescola para os tempos modernos no panorama educacional, foi permitido o acesso às aulas a todos os alunos, mesmo indo de encontro a quem não tem equipamento tecnológico adequado.
O estudo em casa tem-se revelado um excelente complemento ao ensino à distancia, leccionado pelos docentes nas múltiplas plataformas. Esta nova forma de fazer chegar o conhecimento aos alunos através dos docentes que assim, ajudam também os pais, evitou que o ano lectivo fosse abruptamente suspenso. A Escola Virtual é uma plataforma que em muito tem auxiliado tanto alunos como docentes.
Não quero com isto dizer que o ensino a distância seja perfeito, que não o é. Contudo, muito tem contribuído para o progresso dos nossos alunos. Apesar de todos os esforços reunidos, é de salientar que permanece a falta dos afectos entre os docentes e os alunos, o convívio entre pares, o barulho da sala de aula e os toques que marcam o compasso do relógio.
Passado este tempo de confinamento, no meu ponto de vista, deve-se tentar conciliar os ensinamentos agora adquiridos, com o ensino presencial, produzindo desta forma, um ensino mais forte, intuitivo, moderno e atractivo.
Todos juntos, governantes, docentes, alunos, pais e encarregados de educação podemos transformar a comunidade educativa num todo mais participativo.
Longe ou perto vamos construir um ensino melhor!