O Verão em Portugal é conhecido pelos dias quentes e secos e noites quentes e suaves. Quem pode vai a praia, lutando pelo espaço suficiente para pousar a toalha e a bolsa térmica com sandes e iogurtes. O Verão é assim. Junho, Julho e Agosto são quentes. Este ano, porém, não tem sido assim. As temperaturas oscilam 15º de um dia para o outro. Há dias nublados, dias frios, dias quentes, dias molhados. Por isso, para aquecer mais uma semana que de si já foi quente e deixar o prenúncio de umas férias em Agosto igualmente compostas, vamos ver o que esteve In e o que esteve Out nesta silly season que vivemos.
O Parlamento aprovou no passado dia 25 de Julho um projecto de lei do PSD que criminaliza os maus tratos a animais de companhia e um diploma apresentado pelo PS para um regime sancionatório, que também alarga os direitos das associações zoófilas. Um vitória para uma maior abrangência dos direitos dos animais, apesar de dois deputados da bancada do CDS terem votado contra e outros dois centristas terem-se abstido juntamente com a bancada inteira do PCP.
O projecto de lei estabelece que “quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”. Em caso de abandono, está prevista uma “pena de prisão até seis meses de prisão ou com pena de multa até 120 dias”, enquanto que, se dos maus tratos resultar a morte do animal de companhia, “a privação de importante órgão ou membro ou a afetação grave e permanente da sua capacidade de locomoção, o agente é punido com a pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias”.
Além da criminalização dos maus tratos aos animais de companhia, o projecto de lei alarga ainda os direitos das associações zoófilas, que passam a ter mais poderes em matéria de denúncia e acompanhamento destes processos-crime. No texto de substituição, é acrescentado um artigo que estabelece que a criminalização dos maus-tratos “não abrange os animais utilizados em exploração agrícola, pecuária ou agroindustrial, assim como os utilizados para fins de espetáculo comercial ou outros fins legalmente previstos”, noticiou esta manhã a Lusa. Nos outros “fins legalmente previstos” inclui-se sobretudo a investigação médica, explicou à Lusa fonte da maioria PSD/CDS-PP.
É um grande avanço na luta pelos direitos dos animais, que começam a estar cada vez mais protegidos pelas leis. Agora é necessário começar a incluir nessas mesmas leis não só mais animais, como medidas preventivas de maus tratos, de forma a conseguir impedir que muitas situações de maus tratos sejam perpetuadas por muito tempo.
Antes, uma rua com casas. Depois, uma rua com um monte de destroços, nem um único edifício em pé. Antes, uma mesquita com um parque em frente. Depois, um edifício calcinado, no meio de pedaços de cimento cinzento. Antes, um bairro de habitação, algumas árvores. Depois, nada. Têm sido assim os dia devastadores e mortíferos da operação militar israelita na Faixa de Gaza.
Os jornalistas e a comunidade internaciona questionam o objectivo da ofensiva, com Israel a afirmar que pretende acabar com os túneis do Hamas. No entanto, vários ataques saíram deste âmbito. A única central eléctrica do território, a casa vazia do primeiro-ministro do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, um edifício do ministério das Finanças e uma estação de televisão são alguns exemplos. Estes alvos parecem indicar um outro objectivo antecipado, que é forçar o movimento islamista palestiniano a uma posição de fraqueza antes de negociar, uam vez que, ao atingir os seus chefes e levando a população a dificuldades enormes, a pressão aumenta para que seja aceite um cessar-fogo cujos termos sejam mais favoráveis ao Estado hebraico.
A ONU estima que de entre os 1065 mortos contabilizados, pelo menos 795 são civis, entre os quais 229 são crianças. Crianças e adolescentes, num território em que metade da população tem menos de 18 anos, têm sido das vítimas mais visíveis do conflito. Pequenos corpos levados em braços por pais em luto em lençóis brancos ensanguentados, ou deitadas em camas de hospital, com ligaduras na cabeça, ferimentos que nelas parecem tão grandes.
Como dizia o Observador, no seu Explicador sobre o este conflito, “no início era o verbo” e eu questiono: E no fim, vai ser o quê?
O presidente do Governo Regional despede-se a 3 de Agosto à tarde, no tradicional comício do Chão da Lagoa, da liderança do PSD-Madeira. O social-democrata já garantiu que não volta a candidatar-se a mais um mandato na presidência do PSD-Madeira, que lidera desde 1974. Numa entrevista publicada a 26 de Julho no Expresso, Jardim confirmou que este era o momento certo para substituir a liderança do partido na Madeira, apesar de assegurar que não vai afastar-se da vida política. Alberto João Jardim termina a entrevista dizendo: “Não se metam na minha vida, esqueçam que eu existi. Deixem-me em paz”.
Com praticamente quatro décadas à frente de um partido, Jardim sempre teve uma postura muita polémica na vida política que levou e nada melhor do que fazer um Best Of com as suas melhores tiradas:
– “Portugal já está sujeito à concorrência de países de fora da Europa. Os chineses estão a entrar por aí adentro, os indianos a entrar por aí adentro e os países de Leste a fazer concorrência a Portugal. E minhas senhoras e meus senhores. Está a fazer-me sinal porquê? Estão chineses aqui, é? É mesmo bom para eles ouvirem.”
– “O comportamento do senhor Silva é causa de expulsão, espero que de uma vez por todas o partido deixe de ser politicamente correcto e limpe o partido.”
– “Muito do que sucede em Lisboa é porque há três lóbis que mandam hoje em Lisboa, que é o lóbi da comunicação social, o lóbi gay e o lóbi da droga.”
– “Há aqui uns bastardos na Comunicação Social do continente – eu digo bastardos para não ter que lhes chamar filhos da puta – que aproveitaram este ensejo para desabafar o ódio que têm sobre a minha pessoa. Não lhes basta mentir sobre a Madeira. Como são bastardos, e têm o complexo de bastardos, também, à mínima coisa, desencadeiam isso sobre mim.”
– “Deixe lá os espíritos que se auto-masturbam.Deixe esses espíritos andarem nas suas confabulações, nós temos muito que fazer para que Portugal volte, de novo, aos caminhos que precisa e necessita trilhar.”
Quem já foi a festivais de Verão e teve de passar a noite nos parques de campismo sabe que as tradicionais tendas nem sempre satisfazem as nossas necessidades de sono e de conforto, depois de uma noite inteira a curtir concertos. Por essa razão, ao longo de mais de 12 meses de trabalho, um grupo de designers belgas desenvolveu o B-and-BEE, uma estrutura tipo colmeia que não só permite colocar mais pessoas por metro quadrado no parque de campismo, como também providenciar mais espaço e conforto aos festivaleiros.
O B-and-BEE está pensado para ser de fácil montagem e pode ter até 4 pisos, acolhendo cerca de 50 visitantes. A estrutura divide-se em células, sendo cada uma delas uma habitação onde é possível instalar, por exemplo, uma cama de casal. Como é uma estrutura consolidada, os quartos têm também electricidade. Assim, tornam-se em autênticas colónias, com espaços de interacção, relaxamento, conforto, segurança e comunidade.
Os criadores do B-and-BEE querem ver estas estruturas nos festivais do próximo Verão e, apesar do modelo de negócio ainda não estar confirmado, o mesmo poderá passar por os festivaleiros poderem alugar um quarto, se desejarem pernoitar. Com a evolução e o crescimento constante dos festivais de Verão, esta é uma resposta inteligente às novas exigências de espaço e comodidade.
Assim nasce uma espécie de prédio para festivais de Verão em que se pode desenvolver facilmente novas amizades com quem está no quarto ao lado, no quarto em cima, ou no quarto em baixo.
A minha Voz volta a fazer-se ler em Setembro, depois de uns bons banhos de sol e mar na praia. Boas Férias, Leitores Sombra.
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