O Pinguim-imperador é um dos muitos animais em vias de extinção e a expectativa é que exista uma redução de 6 mil para 400 casais de pinguins até 2100, conclui um estudo franco-americano que analisou diferentes modelos do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC).
Esta espécie corre o risco de não sobreviver aos efeitos do aquecimento global, segundo a previsão drástica de degelo até 2100.
O derretimento da camada de gelo do oceano Antártico poderá reduzir drasticamente as populações de pinguins-imperadores. As camadas de gelo do oceano Antártico são fundamentais para a sua reprodução, alimentação e formação de colónias, pelo que, derretendo, fará com que esta espécie desapareça.
Existe solução?
Os autores do estudo franco-americano acreditam que uma adaptação desta espécie a um novo clima permita a continuidade da espécie, mas seria difícil, uma vez que o clima está a mudar demasiado rápido.
Em declarações ao jornal The Guardian, Hal Caswell, um dos autores do estudo, garante que “a população está em declínio”. A espécie é ameaçada, sobretudo, pelas mudanças climáticas, pelo degelo e não pela cadeia alimentar, como seria de esperar. As pesquisas apontam para a extinção das 45 colónias de Pinguins Imperador até 2100, sendo a região mais afetada a do oceano índico.
De forma a tornar o cenário menos aterrador, investigadores sugerem que sejam tomadas medidas urgentes, mas que serão apenas provisórias, como a criação de novas áreas de proteção onde os pinguins possam permanecer para a captura de alimentos. A solução efetiva passa por aplicar medidas que reduzam substancialmente os gases de efeitos de estufa e esse deverá ser um esforço conjunto.
O Pinguim-Imperador juntou-se ao urso polar e a tantos outros animais também em vias de extinção.