Vem o sol e com ele a serotonina implantada nos mais jovens até aos mais velhos. O jogo de cintura para entreter os mais novos nas férias torna-se intenso, mas não irrealizável e muitas das vezes as soluções são mais simples do que nos ocorre na pressão do momento.
Quem é que não se recorda das brincadeiras mais simples na sua infância, tais como, a apanhada ou o macaquinho do chinês?
Quantos adultos existem por aí que desejam voltar atrás no tempo, só para viver um pouco mais a sua meninice? É difícil manter a nossa criança interior viva nesta atualidade, mas jamais será impossível fazê-la ressurgir.
Conto por experiência própria, pois acabo por de vez em quando ter a casa cheia, seja família, sejam amigas das minhas filhas e a missão é esperar que o sol descanse um pouco para fugir para as traseiras da casa e começar a correria com gritaria e palhaçadas.
Reconhecem algo?
Pois bem, acabo por fazer um índice mental de várias brincadeiras que todos são capazes de fazer, escusado será dizer que há sempre discórdia, mas é para isso mesmo que nós pais servimos como capitães do leme, nas manhãs solarengas ou finais de tarde com a brisa.
Começamos com um aquecimento, talvez um jogo de estafetas ou até o jogo da barra ao lenço para pôr os corações a bombar pelas veias,
O espírito competitivo fica aceso como a chama olímpica automaticamente.
Após e sem perder o ritmo, recordamos jogos tais como a cabra-cega e as escondidas, passando para jogos de foco e precisão tais como o jogo da malha, bowling com latas velhas ou até mesmo o Mata.
O que precisam? De vontade, de alegria e boa disposição e de pelo menos uma mão cheia para se divertirem à grande. No caso de famílias mais pequenas e sem possibilidades de ter amigos por perto, ainda são possíveis muitos dos jogos mencionados, basta puxar pela imaginação.
Baralhos de cartas, jogos de tabuleiro, puzzles. As hipóteses são infinitas, os maiores fatores são a disponibilidade e acesso que damos ou temos. Aqui entre nós, reconheço a falta de tempo como um pecado, pois muitas vezes é o cansaço extremo que fala por nós, infelizmente não nos conseguimos multiplicar.
Cada vida é única e não devemos julgar, muitos têm somente uma hora ou nem isso para descansar a mente, a vida de mãe e pai não está fácil, no entanto, incentivo nem que sejam uns escassos minutos, uma brincadeira rápida, muitas vezes é o suficiente para mudar as nossas prioridades e criarmos memórias com os nossos mais que tudo.
Para se dançar não é preciso sair à rua, um karaoke não precisa de microfone, mas as nossas crianças precisam de nós para crescer e com isso acabamos por crescer também com elas e livramos o nosso pequeno ego que deseja tanto a liberdade e um enorme deja vu.
Antigamente as pernas feriam-se nos caniços e os sorrisos eram de orelha a orelha e observavam-se de boca em boca, hoje andam sisudos com o cérebro empapado colado a um ecrã.
Vamos fazer voltar esses bons tempos neste verão e nos próximos. Não é preciso jogar à rabia diariamente, vai-se alternando com berlindes ou a Falua. Afinal, de que servem as recordações, se não pudermos partilhar com alguém e vivê-las de novo?
Aviões de papel até voarem também levam o seu tempo e nunca são esquecidos mesmo depois de amassados.
Nota: Este artigo foi escrito segundo as regras do novo acordo ortográfico
Muito bom Diana. Isso tudo ajuda a criança que há em nós a perdurar no tempo. É a leveza que nós precisamos na atualidade.
Obrigada Maria, ajuda imenso!
Que bom ler este artigo! Tive uma infância e uma adolescência extraordinariamente felizes. Verão! 🙂
Era bom poder visitar o passado só por um pouco, nos momentos felizes. Obrigada Paula 😀
As crianças não precisam de muito para ser felizes.
Tempo dedicado e muito amor. Obrigada Olinda <3