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A última carta de amor

Tu és o elemento forte, aquele que consegue viver com a possibilidade de um amor como este e com o facto de que nunca nos será permitido vivê-lo.

Um beijo é o prolongamento de um sentimento.

Quando já não conseguimos fazer uso da palavra, usamos a nossa linguagem não verbal, gestos e atitudes genuínas e verdadeiras, para fazer eco do que se passa dentro de nós.

N’A última Carta de Amor, de Jojo Moyers, recentemente adaptado pela Netflix, o amor, as suas palavras e gestos são abordados sob diferentes perspectivas – históricas, sociais e de verdade.

A história começa por um momento bem familiar de qualquer mulher, a eterna interpretação de uma enigmática mensagem masculina. Seja pela parca utilização de caracteres ou pela forma errática de comunicar, muitas vezes é um quebra-cabeças sem solução. É nesse ponto que se encontra Ellie Haworth, uma jovem jornalista, que se encontra numa encruzilhada amorosa com o seu namorado… casado.

Estamos em 2003, Ellie trabalha no Nation, um importante jornal londrino que está num processo de modernização e de mudança de instalações. Na procura por inspiração para a sua próxima história, Ellie mergulha nos arquivos do jornal e acaba por encontrar uma emocionante carta de amor que nos conduzirá para outro tempo e outra história.

A carta que Ellie encontra, com data de 1960, leva-nos a Jennifer Stirling, uma jovem dona de casa londrina, que está a recuperar de um grave acidente de viação em que perdeu a memória. Apesar da confusão gerada pelo acidente e por toda a pressão externa, Jenny sente no seu íntimo que algo está errado e em falta. Debate-se por compreender todos os acontecimentos anteriores ao acidente, mas ninguém parece querer ou conseguir ajudá-la. Tal como uma estranha na sua própria casa e na sua própria pele, persegue toda e qualquer pista que a conduzam a respostas, até que encontra acidentalmente uma carta de amor assinada simplesmente por B., a mesma carta que Ellie encontrará muitos anos depois.

A partir daqui acompanhamos a procura incessante destas duas mulheres pela história de amor que aquelas cartas tão delicadamente revelam. Num tempo e espaço diferentes, acompanhamos as voltas e reviravoltas de uma história de amor aparentemente perdida, ao mesmo tempo que vemos outra terminar e iniciar. Somos confrontados com os encontros e desencontros de um amor, que quer passem 10, 20 ou 30 anos, com mais ou menos rugas, mais ou menos frescor, encontra nas palavras e nos gestos toda a sua verdade.

As duas mulheres, de épocas e contextos sociais totalmente dispares, cruzam-se na beleza do amor e das palavras. Duas histórias românticas e, no final uma terceira, que seguem a interpretação dessas mesmas palavras e que nos conquistam no processo, contrastando o amor verdadeiro e outro não tão verdadeiro assim.

O que é melhor, uma história em livro ou a sua adaptação ao cinema?! Inevitavelmente acabo sempre por preferir a primeira. Seja pela riqueza dos detalhes e da construção das personagens, seja pela originalidade do enredo.

Jojo Moyers igual a si mesma, uma exímia contadora de histórias, que nos capta e arrebata capítulo após capítulo, conseguindo sempre surpreender e dar um twist final à história.

Aos românticos incuráveis, que se derretem com as voltas e reviravoltas da vida e das palavras de amor verdadeiro, esta será uma leitura obrigatória. Se prefere as adaptações e um filme apaixonante, faça play na Netflix e desfrute.

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico

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