Qualquer viagem, qualquer momento, são oportunidades. De conhecer e aprender. Nem todos temos a oportunidade de viajar o quanto gostaríamos ou desejaríamos, mas todos guardamos memórias das muitas ou poucas viagens que fazemos.
Cada viagem se descreve por cada memória. Que nem sempre se vive da forma como programamos, mas que sempre se regista no melhor que tem. Porque nada acontece por acaso e cada acaso tem uma explicação plausível, mais na frente.
O tempo passa rápido e ligeiro nas viagens. Quem já não achou que umas belas férias passaram tão rápido que ficou a sensação de nem se terem feito sentir?! Porque estamos bem. Porque estamos plenos. E ali recarregamos baterias para o que há de vir.
Cada viagem é uma história que fica para contar. Eu, já tive a oportunidade de fazer algumas viagens. Pelas quais sou grata e que partilho com vocês. Ainda que não tenha feito todas as que desejo, fiz todas as que me foram possíveis até agora. E numa condição ainda muito “humana”, desejamos sempre demasiado sem parar primeiro para agradecer.
Relembro imensas vezes as viagens que fiz até agora. Algumas, entretanto, já partilhei aqui neste cantinho, que o é Repórter Sombra, mas feito de muita Luz. E de entre elas, destaco essencialmente as memórias das partilhas que são feitas. É curioso relembrar que numa pequena viagem de comboio até Lisboa – viagem pequenina – tive uma conversa tão imensa que a viagem se fez num ápice.
Já viajei com um propósito e já fiz viagens sem propósito algum. Aquelas viagens que fazemos somente para “fugir” dos dias e torna-los mais nossos do que dos nossos compromissos e obrigações.
Algumas dessas viagens, programei. Outras foram do tipo S.O.S. Mas todas fazem parte do meu reportório, ainda que alguns momentos não tenham sido tal qual planeei. Que, para ser sincera, tenho como lição. É melhor deixar ser, do que propriamente forçar para acontecer.
A viagem mais longe e mais longa que fiz foi até ao Brasil. Onde me senti mais perto de mim e de onde trouxe lições que a cada passo, relembro. Ensinaram-me a viver com o pouco, e que ter tudo pode significar nada.
Aqui pelo nosso Portugal, conheço alguns cantos e recantos. Mas reconheço que ainda tenho muito para conhecer. Admiro quem viaja e que faz de cada canto, a sua casa. Quem carrega a mala e acima de tudo preenche com os sentidos a sua memória.
Na medida do que for possível a cada um de nós, recomendo as viagens como medicamento. Como uma oportunidade de parar e aproveitar. Sejam elas feitas a sós em numa excelente companhia. Sejam elas de longa ou de curta distância. Mas, em alguns casos, recomendo até como terapia. Porque há viagens que fazem de nós, o melhor que conseguimos ser.