Faz sentido uma inclusão à força?
Todos temos os mesmos direitos e deveres perante uma sociedade justa, democrática e igualitária no entanto, ainda é necessário chamar à atenção para as injustiças e negligências sociais, a inclusão e a aceitação de cada um de nós é importante mas, fazer algo por obrigação é muito diferente de fazer algo porque se tem consciência que é o certo.
A Humanidade não está a fazer um bom trabalho pois o certo é enaltecer o que nos distingue e fortalecer o que nos une e não impor as vontades de cada um. E como havemos de fazer isso em uma sociedade que só quer ser “vista”?
Em vez de se perder tempo em “dizer”, temos que agir para que se entenda que somos todos iguais independentemente do sexo, religião, cor da pele ou ideologia religiosa. Na prática, a derradeira igualdade social seria que todos fossem aceites exactamente como são e que seja garantido a qualquer ser humano o direito de, em termos individuais, não ser colocado de lado por quem se é ou por quem se aparenta ser. Por exemplo, avançaríamos bem se os jogos de equipa fossem mistos porque afinal, todos trabalhariam para o mesmo. Neste âmbito, é completamente desnecessário haver jogos de equipas femininas e de equipas masculinas. É isto que tem que ser mostrado não só no desporto, mas também no dia-a-dia, nas empresas que contratam mulheres só para serem vistas. É que já chega de se falar apenas.
Alarguemos as mesmas ideias à homofobia ou até mesmo ao racismo: já não dá mais para assistir a obrigações, falsidades e imposições do ficar bem. Nos tempos que decorrem, não tem sentido mudar personagens em nome de uma inclusão forçada quando basta apenas criar novas histórias com novas personagens.
A diferença biológica é importante sim, mas apenas para compreender a própria diversidade que existe e em vez de colocar de lado e excluir o que é diferente, devemos de aceitar naturalmente as diferenças. Caramba, é que somos todos diferentes, como prova as nossas impressões digitais, mas somos todos pessoas a tentar sobreviver, viver e aproveitar a vida sem amarras. Porque não se faz melhor? Porque continuamos a dar justificações das nossas escolhas só para aprovações?
Se é para continuar a ter que nos encaixar nas caixas rotuladas mais vale não haver caixas nenhumas. Temos mesmo que parar de acrescentar divisões e voar sobre o mundo. Porque afinal de contas, somos todos HUMANOS.