Tecnologia, cada vez mais uma parte de nós

Os desenvolvimentos tecnológicos têm vindo a sofrer, no século XXI, uma evolução quase diária. Todas as semanas surge um aparelho que ultrapassa o anterior em termos de qualidade, design e desempenho. A tecnologia parece, então, vir a ganhar terreno nas nossas vidas e nos nossos hábitos diários. Graças à facilidade de acesso à Internet, é possível aprender mais, atingir mais objetivos, comunicar com aqueles que estão longe, desenvolver diferentes capacidades, viajar, conhecer pessoas de outros países e obter mais oportunidades. Basicamente, é quase impensável não utilizar o telemóvel ou o computador para benefício pessoal. E certo é que este recurso torna tudo bastante mais fácil, se comparado com há alguns anos.

Certamente, a linha que separa a tecnologia de nós próprios está a tornar-se cada vez mais ténue. Prova disso são os smartwaches, desenvolvidos por empresas como a Apple. Relógios que ajudam desportistas a atingir os seus objetivos, permitem aceder a aplicações, ou até fazer ligações ao smartphone.

Se antes pensávamos em aparelhos eletrónicos como apenas telemóveis, agora os exemplos alargam-se. Temos acesso a smartphones, tablets, computadores, GPS, smartwatches, e tantos outros. Para obter qualquer tipo de informações, estes aparelhos são imprescindíveis e do interesse do público em geral. Os smartwatches podem dar direções, conectar com os telemóveis, manter-nos informados sobre as notícias ou a meteorologia, tocar música, responder a mensagens, tudo no nosso pulso. A tecnologia “usável”, tanto em roupas, como no nosso próprio corpo, parece ter futuro e ser alvo de estudo e desenvolvimento. Contudo, que mudanças poderão resultar da nossa dependência e ligação a estes aparelhos eletrónicos? Quando é que nos desconectamos?

Estamos constantemente a receber informações, seja de redes sociais, notificações, pesquisas, notícias; temos acesso a uma quantidade inimaginável de informação, temos cada vez menos privacidade, e em bastantes situações parece haver já a substituição do ser humano. Contudo, aquilo que devemos ter fundamentalmente em conta, são as relações entre seres humanos, já que nenhuma tecnologia substitui a presença de alguém. Desconectar, respirar e estar presente é tão simples, mas parece cada vez mais complicado com a quantidade de estímulos que nos rodeiam e de novas tecnologias que surgem.

Apesar de todas estas novidades nos ajudarem imenso no nosso quotidiano, a verdade é que nos tornamos, por vezes, demasiado dependentes. É importante realçar que, mesmo sendo nossa aliada, não devemos deixar que a tecnologia tome conta das nossas vidas e nos impeça de aproveitar ao máximo os pequenos momentos, sobretudo, quando nos preocupamos mais em registar do que em viver e reparar naquilo que nos rodeia.

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